CÍNTIA BORGES E LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), negou que tenha praticado qualquer ato ilícito investigado na Operação Chapéu de Palha, deflagrada na manhã desta quarta-feira (9).
Nininho teve seu gabinete na Assembleia Legislativa vasculhado pela Polícia Federal. O irmão dele, Humberto Bortolini, o Betão (PSD), que é prefeito de Itiquira, e ex-parlamentares também foi alvos.
O parlamentar criticou a atuação da PF, e afirmou que agentes políticos são incluídos nas investigações para dar mais visibilidade às operações.
“Vejo isso com bastante estranheza. A verdade é que a classe política sempre incrementa e dá mais visibilidade para todas essas ações que são feitas. Se não tiver um político no meio para poder dar mais visibilidade, não dá impacto perante a sociedade. Estou tranquilo, não tem nada, vírgula nada, contra mim”, afirmou o parlamentar.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), ele e seu irmão, estariam por trás das "ações ilícitas" cometidas pela Construtora Pirâmide, construtora Rocha e o grupo familiar Marcos Antônio Souza Fonseca.
As suspeitas de fraude em licitações vieram à tona a partir de investigações de relatório de inteligência financeira do então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em 2017.
“São fatos que envolvem minha empresa. Uma investigação de 2017, e esse proprietário dessa empresa está com cinco ou quatro anos que eu nem o vejo. São fatos que envolvem vários municípios, e eu não tenho nada a ver com isso”, disse o parlamentar.
“Querem me envolver dizendo que teve um repasse no momento lá atrás, de um sócio, que passou R$ 9 mil. Essa era uma pequena empresa em que eu fazia pequenas prestações de serviços de calçada e meio-fio. e pode ter certeza que esse pagamento foi disso. Houve um outro pagamento de R$ 3 mil, para minha irmã. Eu mando todo dia dinheiro para minha família”, emendou.
A operação
A Operação Chapéu de Palha foi deflagrada por ordem do Tribunal Regional Federal 1ª Região e investiga fraudes à licitação e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Cerca de 30 equipes policiais estão nas ruas de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta e Votuporanga (SP) cumprindo 39 mandados de busca e apreensão.
Além dos irmãos, também foram alvos dos mandados judiciais o deputado Dilmar Dal'Bosco (DEM) e os suplentes de deputado, Romoaldo Júnior (MDB) e ex-parlamentar Mauro Savi (DEM).
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