DA REDAÇÃO
As investigações que resultaram na prisão do vereador Paulo Henrique de Figueiredo na última sexta-feira (20) no âmbito na Operação Publicare, indicaram a participação ativa dele junto à organização criminosa Comando Vermelho. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) - formadas pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil de MT e Polícia Militar - identificaram que o parlamentar articulou junto a principal liderança da organização, Joadir Alves Gonçalves, conhecido como "Jogador", a não aplicação de um "salve" ao seu ex-assessor e promotor de eventos, Rodrigo de Souza Leal.
Leal, que foi preso na primeira fase da operação, foi visto como ameaça à organização criminosa ao realizar um show do cantor MC Daniel, que é de São Paulo, numa casa noturna da Capital. Já o Comando Vermelho, para a qual Leal já realizou eventos, principalmente na Dallas Bar, tem como base o Rio de Janeiro.
O promoter seria punido por conta da rivalidade entre Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, apesar dos músicos contratados não terem relação ou qualquer conhecimento de que os eventos eram utilizados para lavagem de dinheiro da organização criminosa. "Foi apurado que o vereador Paulo Henrique de Figueiredo, entre os meses de fevereiro e abril do corrente ano de 2024 promoveu reunião presencial e chamada em grupo com a principal liderança do Comando Vermelho, Joadir, vulgo Jogador, com o intuito de evitar ou mitigar punição imposta a seu assessor Rodrigo de Souza Leal. Tal fato evidencia a influência de Paulo Henrique dentro da referida organização criminosa", diz relatório da investigação.
Quando foi preso, em julho de 2024 na primeira fase da Operação Ragnatela, Rodrigo Leal ocupava o cargo de chefe do cerimonial da Câmara de Cuiabá por indicação de Figueiredo. Ele foi exonerado da função no mesmo dia pelo presidente da Casa de Leis, vereador Chico 2000 (PL).
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