DA REDAÇÃO
A exoneração do ex-secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PP), não foi bem aceita por representantes da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA). Nos corredores do Congresso Nacional os rumores são fortes de que os parlamentares da FPA estão pedindo a cabeça do ministro Carlos Fávaro (PSD) e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto (PT).
Ocorre que Geller assumiu o cargo no fim de 2023 e vinha sendo estratégico na interlocução do Governo Lula (PT) com o setor que, em sua ampla maioria, havia apoiado Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022.
No entendimento dos deputados e senadores que compõem a FPA, Neri teria sido o bode expiatório no "escândalo do arroz" e sua exoneração faz com que a aproximação entre Governo Federal e o grupo volte a 'estaca zero'. Pior ainda, diversos parlamentares ligados ao agro que vinham mudando de postura por conta do bom relacionamento de Geller no Congresso já começam a defender a saída de Carlos Fávaro, senador licenciado e para muitos o 'algoz' do ex-deputado federal no cargo junto com o chefe maior da Conab.
Inclusive, após tomar conhecimento de sua exoneração pela imprensa e negar que ela tenha ocorrido 'a pedido', Neri rebateu Carlos Fávaro, escancarando a crise entre ambos. Segundo ele, a decisão de importar 300 mil toneladas de arroz após as enchentes do Rio Grande do Sul partiu de Fávaro e da Casa Civil e não seguiu análise técnica.
"Infelizmente foi conduzido de forma equivocada, não estou falando em nenhum momento que teve má fé de ninguém, mas foi mal conduzido em momentos de egos aguçados", analisou o ex-secretário do Mapa em entrevista a imprensa ao longo desta quarta-feira (12).
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