Flickr Câmara Municipal/Montagem Midiajur

ALLAN PEREIRA
Da Redação

Os vereadores Rogério Varanda (PSDB) e Marcrean Santos (MDB) trocaram farpas, insinuações e acusações de liderarem indicações de cargos na Prefeitura de Cuiabá. Mas, ao final, se abraçaram em tom de reconciliação na sessão plenária da manhã desta terça-feira (7).

Tudo começou quando Varanda subiu na tribuna e disse para Marcrean que espera não brigar com ele novamente, pediu respeito ao colega parlamentar e ameaçou estar pronto para revidar, dizendo que “venha que eu estou fervendo”, estar pronto para matar e morrer e que poderia “jogar tudo para ar”. “Se for todo mundo para o ar, vai perder todo mundo, inclusive eu”, disse.

Logo em seguida, foi a vez de Marcrean subir à tribuna e questionar a fala de Varanda. O emedebista acredita que o conflito esteja nas indicações de cargo na Prefeitura de Cuiabá. “Se for o que estou imaginando, o senhor dirija no Executivo e trata com o prefeito”, disparou.

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“Se o problema do senhor é choradeira por cargo, vai lá no Emanuel Pinheiro. Não vem o senhor subir aqui, querer usar o meu nome e fazer afronta aqui não. Então, esta casa não é uma casa de brincadeira. O senhor sobe aqui com palavras de revanchismo... brincadeira tem hora, e aqui não é lugar de brincadeira”, complementou.

Varanda teve um direito a uma réplica, negou que o conflito seja por cargo e disse que a intriga é por conta do pedido de cassação de Marcrean por suposta agressão ao presidente do bairro Jardim Renascer, José Carlos Silva.

“Isso é o que eu digo que não quero intriga com vossa excelência. É exatamente isso que aconteceu da intriga nossa. E tem mais: eu não fui pedir cargo para prefeito, como você diz. Se tem alguém que tem cargo e vive pedindo é vossa excelência. Se tem pessoas que estão lotadas por cargos, é de você. Então você me respeita”, pediu novamente.

Marcrean também teve o pedido de uma tréplica, disse que não lembrava mais do pedido de cassação e pediu para Varanda provar a agressão.

Minutos depois, Varanda e Marcrean se abraçaram em pedido de desculpas, conversando em tom de reconciliação e sob grito de “marmelada” dos demais vereadores.

Varanda, que era do MDB antes do período de janela partidária, deixou a sigla por conta da filiação de Marcrean Santos e Luis Claudio na sigla.

Os dois eram do PP e, para ficar na base do prefeito Emanuel Pinheiro, mudaram para o mesmo partido do chefe do Palácio Alencastro. A troca não agradou Varanda, que não foi consultado e temia não ser reeleito na chapa do MDB, procurando o PSDB para conseguir a cadeira.

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