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POLÍTICA Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 10:30 - A | A

30 de Janeiro de 2025, 10h:30 - A | A

POLÍTICA / RITMO DE TARTARUGA

TCE sugere ao Governo rescindir contrato com Consórcio do BRT

Conselheiro diz que empresas colocam máquinas velhas e poucos trabalhadores nos canteiros

LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO



O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, sugeriu ao governador Mauro Mendes Ferreira (União) que rescinda o contrato com o Consórcio BRT Cuiabá para execução das obras do modal na Capital. A lentidão das obras tem sido alvo de críticas recentes do próprio governador.

Sérgio Ricardo lembrou que foi o próprio TCE-MT quem deu aval para o Estado trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Bus Rapid Transit (BRT). Inicialmente, o prazo para conclusão da obra era 2024, mas aditivos já preveem sua conclusão em 2026.

"Na realidade, temos uma opinião formada no TCE. Entendemos e fica a dica para governador do Estado, que essas três empresas não têm condições para tocar essa obra. Então, a dica é o Governo rescindir com essas 3 empresas, fazer um emergencial que comece e termine a obra", frisou o presidente da Corte de Contas.

Segundo Sérgio Ricardo, o atraso das obras impacta diretamente nos cofres públicos. "Essa empresa mudou a data, mudou os valores. E a tendência é essa: quando você demora pra fazer uma obra, ela vai ficando mais cara", explicou.

Para o conselheiro, o BRT seria uma obra muito mais simples para ser executada, já que não estão previstas obras de arte, como viadutos e trincheiras. "É jogar concreto em cima de uma rua que já estava pronta. Os dois trechos por onde passa o BRT é concreto em cima de rua que estava com a terraplanagem pronta. Então não tem grandes obras pra você fazer no rumo dela", pontuou.

Porém, de acordo com ele, vistorias recentes têm demonstrando que o consórcio não possui condições de executar os serviços. São máquinas antigas nos canteiros, bem como poucos trabalhadores.

"Não vai funcionar. Não adianta ficar conversando, dialogando. Na opinião do Tribunal a gente já vê prejuízos, principalmente para a sociedade. Ficamos a semana inteira andando aqui, não tem gente trabalhando. A empresa não tem condições estruturais para tocar essa obra", concluiu.

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