Deputado defende Pivetta ao Governo: 'entrega e não é bonachão'

Diego Guimarães avalia que vice-governador terá condições de fazer mais que gestão de Mauro Mendes

LETICIA AVALOS
Da Redação

O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) defendeu que o seu correligionário, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), se candidate ao cargo ao Governo do Estado independente do cenário que se formar em 2026. Otaviano já tem o apoio concreto do governador Mauro Mendes (União) e de boa parte da classe política, mas questiona-se se a pré-candidatura seguirá forte com mais de um ano de articulações.

“Quando a gente parte de uma [pesquisa] qualitativa, o perfil do Otaviano Pivetta é o mais adequado. Tem que ter conversa, tem que ter certamente uma construção política. Mas, também, se não tiver, ele tem que ser candidato. Se não houver um consenso dentro do grupo, eu acho que nem Jesus Cristo agradou a todos”, disse em entrevista à rádio Cultura FM, nesta terça-feira (18).

Para o deputado, os avanços em Mato Grosso promovidos pela gestão Mauro Mendes só continuarão no mesmo nível sob a liderança de Pivetta. No entanto, ele fez questão de deixar claro que o republicano não é igual ao Mauro e pode até “fazer melhor”.

“Não podemos errar, Mato Grosso não pode retroceder. [...] O Otaviano Pivetta pode dar seguimento e melhorar, porque tem coragem. Não pense que a gestão Mauro Mendes vai continuar 100% na gestão Otaviano Pivetta. Eu acredito que ele vai melhorar o que aí está e, se precisar trocar peças, ele vai trocar. A cabeça do Otaviano Pivetta é parecida com a do Mauro, mas não é igual. Então acredito muito que ele pode fazer ainda melhor do que o Mauro Mendes”, afirmou.

Ex-petista, secretário diz que seguirá deputado até para centro-direita

Ex-apoiadores de Emanuel, vereadores “jogam na cara” seus passados políticos

Um dos desafios de Pivetta é superar a sua baixa popularidade em comparação com outros nomes cotados pela direita mato-grossense. Mesmo assim, Diego descartou que esse seja um problema para o vice-governador e citou a sua seriedade como qualidade que o credencia a fazer um bom trabalho à frente do estado.

“Outro dia eu ouvi o Pivetta falando que ele não é o cara do tapinha nas costas ou o político mais simpático que você vai encontrar e, realmente, não é. Ele pode, em alguns momentos ser até antipático com alguns, mas eu prefiro um político nesse perfil que faz, que entrega [...] do que o político bonachão, brincalhão”, declarou.

Além de Pivetta, já tiveram nomes ventilados para disputar o Governo do Estado o empresário Odílio Balbinotti, que articula filiação ao PL, e o ex-prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), que lideraria uma frente de centro-esquerda no Estado, junto com PT, PC do B, PSD e outros.

FEDERAÇÃO COM PP E UNIÃO

Sobre a possibilidade de criação de uma federação entre o Republicanos, o União Brasil e o Partido Progressistas, Diego se posicionou contrário à ideia, alegando que o agrupamento dificultaria o diálogo entre os partidos e que a sua sigla acabaria elegendo candidatos das outras siglas nas disputas proporcionais.

“Eu particularmente sou contra, porque se torna um partido muito grande e o diálogo fica ruim. Acho que o fortalecimento do partido passa pelas suas características individuais. [...] numa chave proporcional, você votando no Republicanos, automaticamente pode eleger alguém do Progressista ou do União Brasil. E o nosso partido carrega dentro da sua estrutura partidária bons nomes e uma vida própria”, opinou.

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.