ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
José Roberto Stopa (PV) tomou posse como prefeito interino de Cuiabá em uma cerimônia na Câmara de Cuiabá na manhã desta terça-feira (5). O vice-prefeito assumiu a função durante o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), alvo de uma decisão do Tribunal de Justiça que o retirou do cargo na segunda-feira (4).
Emanuel é acusado de chefiar uma organização criminosa voltada para desviar recursos públicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e seus órgãos. A decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva proibiu o prefeito de entrar nos prédios da prefeitura e de manter contato com o staff, incluindo servidores e secretários. O afastamento vale por 180 dias, ou seis meses.
"O sonho de todo cidadão que milita na política é ser prefeito da sua cidade, mas não me sinto confortável com a forma, mesmo temporária, como isso está acontecendo. Mas, a vida é feita de compromissos e desafios, e esse é um desafio. Eu ficar um dia, dois dias, 10 dias, seis meses, eu já quero assumir o compromisso de algumas prioridades. A primeira é respeitar e trabalhar junto com este Parlamento, com todos os 25 vereadores", declarou Stopa.
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O prefeito interino desse que estabeleceu metas para o próximo mês e a segunda delas, depois da relação com a Câmara, é "eliminar os buracos da cidade". "Vou trabalhar diuturnamente para que isso aconteça", declarou.
Uma reunião com o secretário municipal de Fazenda, Antônio Roberto Possas de Carvalho, está agendada para a tarde de hoje, para discutir os recursos a serem destinados para as obras.
"Isso traz um desconforto. Todos andam pela cidade, quem transita de ônibus, a pé, de moto, de carro, então essa vai ser uma das prioridades. Buracos e limpeza da cidade, os primeiros pontos a serem atacados", apontou Stopa.
Outra medida, segundo o prefeito interino, será centralizar as compras da Saúde, principalmente aquelas emergenciais. Emanuel havia baixado um decreto de emergência, que facilita compras com dispensa de licitação, o que foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como uma manobra para continuidade do suposto esquema na Saúde.
"Certo ou errado, o prefeito vai assumir, no caso, eu", declarou Stopa.
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