LETICIA PEREIRA
Da Redação
Após ser criticado pelo deputado estadual Júlio Campos (UB) pela rapidez com que declarou apoio a outro candidato no segundo turno, o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), minimizou a derrota do seu correligionário, Eduardo Botelho (UB), que ficou em terceiro lugar pela prefeitura de Cuiabá, e disse que não vê “defunto” na história.
No dia seguinte ao primeiro turno das eleições municipais, Garcia anunciou que votaria em Abilio Brunini (PL) no segundo turno e levou uma alfinetada de Júlio, que considerou a atitude precipitada e comentou que “o defunto” nem sequer estava “enterrado” ainda.
“Olha, eu não sei qual defunto Júlio está falando, até porque eu acho que o Botelho foi um grande candidato e saiu de cabeça erguida. Botelho está longe de ser uma liderança que a gente não deva valorizar, ele é uma pessoa que tem quase 30% dos votos em Cuiabá. É uma liderança importante do União Brasil. Então, eu não vejo nenhum defunto nesse negócio”, afirmou.
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O deputado federal licenciado, que atuou como coordenador de campanha de Botelho, ainda aproveitou a oportunidade para devolver a alfinetada e disse que se empenhou pela eleição do colega muito mais do que Júlio. “E eu estive ao lado do Botelho do início ao fim da campanha, em todos os momentos, muito mais do que o Júlio Campos”, declarou.
Garcia alegou que, mesmo não tendo sido escolhido pelo partido para disputar a prefeitura, foi leal à candidatura de Botelho e não dialogou com os adversários. Segundo ele, a sua escolha por Abilio foi baseada em seu posicionamento ideológico mais à direita.
“Entre o PT e o candidato ‘da família’, eu defini meu voto. Mas, mesmo assim, eu esperei a decisão do partido para poder manifestar”, disse.
Abilio, que teve 39,61% dos votos, e Lúdio Cabral (PT), que teve 28,31%, se enfrentarão nas urnas pelo segundo turno no próximo dia 27 de outubro.
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