DA REDAÇÃO
Um quarto investigado, que também é servidor da Prefeitura, está preso por envolvimento em crime de tráfico de drogas e teve nova prisão preventiva decretada pelos crimes em investigação.
Durante as buscas, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e registros contábeis, que serão periciados para comprovar a dinâmica do esquema e identificar outros possíveis participantes.
A ação foi coordenada de forma simultânea, a fim de evitar a destruição de provas e garantir a captura dos envolvidos, sendo que um investigado ainda não se apresentou e é considerado foragido da justiça. O montante dos valores desviados serão apurados após o resultado da quebra do sigilo bancário e relatório de investigação.
Esquema
As investigações conduzidas pelo delegado Ivan Albuquerque Soares, identificaram que um dos investigados, apontado como principal articulador e centralizador dos valores desviados, utilizava sua posição privilegiada como responsável pelo controle financeiro para facilitar o repasse dos recursos para credores selecionados, garantindo que os pagamentos ilícitos fossem efetuados sem levantar suspeitas. Além disso, ele intermediava o pagamento de créditos de forma irregular, cobrando comissões em troca da liberação dos valores.
O segundo suspeito identificado nas investigações atuava como intermediário, recebendo os valores desviados e distribuindo-os entre os demais envolvidos. Sua função era ocultar a origem dos recursos e assegurar que as quantias fossem repassadas conforme as orientações do articulador, garantindo que todos os elos do esquema fossem remunerados de acordo com suas participações.
Já o terceiro investigado utilizava um conjunto de empresas de fachada para simular a prestação de serviços e a venda de materiais à Prefeitura. Essas empresas, registradas em nome de terceiros ou laranjas, emitiam notas fiscais fictícias e formalizavam contratos fraudulentos para justificar o recebimento dos valores desviados. Dessa forma, o grupo conseguia dar uma aparência de legalidade às transações ilícitas.
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Facilitação para credores
Outra prática adotada pelo grupo era a facilitação de pagamento a credores que tinham dificuldades para receber seus empenhos junto ao município.
Os investigados, valendo-se de suas funções, cobravam comissões indevidas para acelerar a liberação dos pagamentos, utilizando sua influência dentro da Prefeitura para garantir que os recursos fossem repassados a esses credores mediante uma taxa de retorno.
Essa prática, além de desviar os recursos, comprometia a lisura do processo de pagamentos e favorecia empresas que aceitavam participar do esquema.
Para o delegado, Ivan Albuquerque Soares, a Operação Improbos representa um esforço contínuo das autoridades em combater práticas ilícitas e assegurar que o patrimônio público seja utilizado de maneira correta e transparente, em benefício da população.
“Com a operação, a Polícia Civil espera desarticular completamente a estrutura do esquema de corrupção na Prefeitura e assegurar que os valores desviados possam ser rastreados e recuperados. Os investigados permanecem à disposição da justiça, e a análise dos materiais apreendidos poderá revelar novos desdobramentos nas próximas semanas”, disse o delegado.
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