MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Os professores da rede estadual de educação farão uma paralisação na próxima segunda-feira (16) em Mato Grosso. Os profissionais pedem reajuste de 21,52% nos salários para recompor perdas inflacionárias.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) fará reunião do Conselho de Representantes nos dias 14 e 15, sábado e domingo, na sede, em Cuiabá.
Os profissionais afirmam que há "desrespeito dos governos estadual e municipais aos direitos dos profissionais da educação", e pretendem cobrar o governo Mauro Mendes (União Brasil) para o cumprimento da recomposição salarial.
"Estamos em busca de um canal de conversação e negociação com o governo para tratar de pautas prioritárias e outras permanentes da categoria. O governador afirma que está aberto a negociar. Vamos cobrar para que isso se configure na prática e avance no cumprimento da recomposição do Piso Salarial Profissional Nacional", destaca o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, sobre a paralisação.
A recomposição salarial cobrada na rede estadual tem sido comum também aos trabalhadores da educação nas redes municipais. Contudo, a convocação é para a participação massiva dos trabalhadores das unidades escolares estadual, para fortalecer a luta e organizar a paralisação do dia 16 de maio. "É preciso defender os nossos direitos atacados pelo governo Mauro Mende", afirma Valdeir.
Desde de janeiro de 2022, o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) foi corrigido em 33,24%, após dois anos sem nenhuma valorização. O percentual tem como base o valor do custo aluno ano repassado pelo Fundeb. O piso nacional, agora de R$ 3.845,63, é o balizador para a correção dos pisos salariais em todo o país.
No caso de Mato Grosso, o valor do piso salarial estadual sempre esteve acima do nacional, segundo o Sintep-MT, o que seria "o resultado da luta histórica dos trabalhadores da educação". O sindicato afirma que, ao longo dos quatro anos de governo Mauro Mendes, essa valorização foi perdida.
"Hoje o piso salarial está com valor menor do que o nacional. Nossa luta é para que o governo equipare o valor estadual aos R$ 3.845,63. Por isso, a recomposição mínima de 21,52%", esclarece o presidente do sindicato.
A categoria pede ainda a oferta de profissionalização dos funcionários das escolas públicas, e criticam o "empobrecimento dos aposentados e pensionistas da educação" com a cobrança dos 14% de previdência, o que chamam de "confisco previdenciário". O Sintep-MT ainda vai discutir também eleições internas que devem acontecer neste ano.
(Com informações da assessoria).
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