DA REDAÇÃO
O 3º sargento PM Fernando Raphael Pereira de Oliveira, também presidente da Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT), foi quem registrou o boletim de ocorrência do homicídio causado pelo vereador tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola (Republicanos) no dia 1 de julho, quando ocorreu o assassinato.
Conforme publicado originalmente pelo jornal A Gazeta, o nome de Fernando Raphael aparece no cabeçalho do boletim de ocorrência como o elaborador e editor do registro policial.
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Além disso, Fernando Raphael costuma praticar o tiro esportivo no mesmo estande frequentado por Paccola, que tem irmãos com empresa na área.
Não é a primeira vez também que Fernando Raphael está próximo de um caso polêmico.
Em 2020, o 3º sargento da PM foi até a mansão da família de Marcelo Cestari, no condomínio Alphaville, após ser avisado que a menor Isabele Guimarães Ramos foi morta por um disparo de arma no dia 12 de julho de 2020.
Marcelo, esposa e filhos praticavam o tiro esportivo no mesmo local frequentado por Fernando Raphael e Paccola.
A defesa da mãe de Isabele chegou a registrar uma notícia de fato no Ministério Público para pedir que Fernando fosse investigado pela Polícia Civil por ter supostamente confessado utilizar a farda e a viatura da Polícia Militar para se deslocar até a casa da família Cestari.
Fernando Raphael é investigado ainda em um inquérito na Polícia Civil no âmbito da Operação Coverage, que apura adulteração de dados de uma arma utilizada em sete crime de homicídio (sendo quatro tentados e três consumados) praticados por um grupo de extermínio denominado Mercenários.
Para o jornal A Gazeta, Fernando Raphael confirmou a proximidade com Paccola e negou qualquer suspeita que possa pesar contra ele no registro do caso, além de pontuar que é um procedimento de praxe na qual os oficiais acompanharam todo o registro do boletim de ocorrência.
“Não coloque minha índole em xeque. Eu sou lavrador de ocorrência, existia 3 oficiais superiores que estavam na ocorrência. Tudo que está lá foi narrado pelos condutores da ocorrência”, explicou o policial ao jornal.
Paccola é investigado em um inquérito policial por ser o autor dos disparos que matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido como "Japão", na noite de 1º de julho (sexta-feira).
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