ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O tenente-coronel PM e vereador Marcos Paccola (Republicanos) afirma que vai pedir um processo de cassação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para testar a independência do chamado "bloco independente", que busca formar uma chapa para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, para os biênios de 2023 e 2024.
"Ainda falei pra eles [vereadores do bloco] que um pouco antes das eleições da Mesa, eu irei protocolar um pedido de cassação do prefeito. Nós vamos saber quem está do lado e quem não foi. Se a chapa toda votar pela abertura da cassação, eu voto na chapa", afirma o vereador a imprensa na manhã desta terça (26).
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O chamado bloco independente foi formado no final de 2021 pelos vereadores Sargento Joelson (SD), Marcus Brito Júnior (PV), Eduardo Magalhães (Republicanos), Pastor Jeferson (PSD), Demilson Nogueira (PP) e o vereador Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania).
Todos eles são ou eram da base de Emanuel na Câmara e não representa o grupo de oposição, que é formado pelos vereadores Diego Guimarães (Cidadania), Edna Sampaio (PT), Dilemário Alencar (Podemos), Michelly Alencar (União Brasil) e o próprio Paccola.
Apesar de dizer que quer ver a Câmara menos dependente da Prefeitura de Cuiabá, Paccola vê com desconfiança a formação desse grupo independente e, por isso, não declarou apoio ou voto a nenhum dele.
Caso o chamado bloco independente vote pela não abertura do processo de cassação, Paccola pensa em montar uma candidatura avulsa ou se abster das eleições da Mesa.
Isso por que Paccola diz que não vota em candidato a eleição da Mesa que represente o grupo da Prefeitura.
"Para que as pessoas saibam que eu não vou estar indo para nenhum lado por conveniência, ou por que vou estar me beneficiando de alguma forma".
Mas, caso o bloco forme uma chapa de fato independente e de oposição a Prefeitura, Paccola diz que poderia votar nela.
"Se esse bloco caminhar e conseguir se fortalecer nessa construção de independência, eu falo que a Câmara Municipal faz sim, o que necessário for, para equilibrar os poderes. O poder da Câmara Municipal é muito maior do que o poder do prefeito. O prefeito não consegue tirar todos os vereadores, mas os vereadores tiram o prefeito a hora que quiser”, pontua.
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