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POLÍTICA Terça-feira, 18 de Junho de 2024, 13:35 - A | A

18 de Junho de 2024, 13h:35 - A | A

POLÍTICA / "NÃO PAGA MEU SALÁRIO"

Neri revela que "tomou dura" de ex-assessor por participação em leilão do arroz

Ex-deputado federal foi ouvido pela Comissão da Agricultura, da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18)

ALLAN PEREIRA
Da Redação



O ex-deputado federal Neri Geller (PP) relatou ter recebido uma dura do seu ex-assessor e empresário Robson Luiz de Almeida França, o pivô para a demissão do progressista do cargo ne secretário nacional de Política Agrícula, na chamada "crise do arroz". "Você não paga mais o meu salário", ouviu Neri do seu ex-funcionário.

O leilão para importação de 236 milhões de toneladas de arroz foi anulado após denúncias de fraude no certame, para favorecer um ex-assessor de Neri Geller, o empresário Robson. Ele arrematou 44% do leilão. O caso culminou com a demissão de Neri do cargo de de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e instalou uma crise dentro da pasta do Governo Federal.

Robson também é sócio de Marcelo Piccini Geller, filho de Neri, na mesma empresa.

"Veio toda a polêmica na sexta-feira à noite. Recebi uma ligação por parte do Globo Rural me questionando se meu filho teria participado do leilão. Confesso, com toda sinceridade, que me assustei e fiquei preocupado. Pedi para me dar dez minutos, que retornaria a ligação. Liguei para o meu filho, que disse ter aberto uma corretora em agosto do ano passado, antes de você ser secretário. Ela está inativa do ponto de vista funcional", declarou nesta terça-feira (18), durante reunião na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

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Após a ligação com o filho, Neri disse ter ficado mais tranquilo. O ex-deputado resolveu ligar para seu ex-assessor, que disse ter aberto a sua própria corretora depois do filho ter declinado da sociedade. Desde então, Robson teria participado de até 18 leilões da Conab, ganhando dois deles.

Neri questionou o ex-assessor sobre sua participação no leilão e apontou "o estrago" que fez no governo. Foi quando Robson teria respondido que o ex-deputado não paga mais o seu salário. "Ponto. Foi exatamente isso que aconteceu. Não tem uma vírgula para esconder", disse.

O ex-deputado também disse que o ministro Carlos Fávaro conhecia Robson e sua origem familiar de Cuiabá, além de ter pontuado que o empresário foi seu assessor até 2020 e prestado consultoria para o Partido Progressista, sigla na qual preside, nas eleições gerais de 2022 e nas municipais deste ano.

Na audiência pública, Neri não fez ataques ao Fávaro, nem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse que a decisão do leilão foi tomada pelo Ministério da Casa Civil durante as discussões sobre o futuro do preço do arroz com as enchentes no Rio Grande do Sul. O ex-deputado federal disse que o Ministério da Agricultura, nem o Fávaro, poderiam interferir no certame.

"Eu não vou, como saiu em alguns lugares [da imprensa], de que iria sair atirando no governo. Não é meu perfil. Não sou injusto, não faço politicagem, nunca fiz. O que nós vamos fazer é, de forma ordeira e honesta, esclarecer os fatos. [...]. Jamais poderia sair do ministério da Agricultura pela porta dos fundos. Jamais! Minha consciência não permitiria. Não caio atirando; caio colocando os fatos como eles efetivamente são", disse.

Apesar disso, Neri disse ter ficado chateado com o ministro Fávaro que colocou sua saída do Mapa como um pedido de demissão voluntário, e não imposto. "É legítimo por parte do ministro e do governo me afastar, não teria problema nenhum", disse.

“Do ponto de vista do que aconteceu eu não tenho uma vírgula para esconder e, quando disse que sai chateado do governo, eu saí mesmo. Eu não saí a pedido. Eu não devo. [...]. Não seria correto porque no nosso entendimento não houve má-fé", acrescentou.

A crise instalada pelas suspeitas de irregularidades no leilão para importação do arroz tem levado a uma crise no Governo Federal. Deputados federais propõem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos. O grupo tenta coletar as assinaturas necessárias para abri-las.

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