ALLAN PEREIRA
Da Redação
O deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Wellington Fagundes (PL) responderam a indireta do presidente da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan (Republicanos), que haviam chamado os dois de "melancias".
O termo melancia é utilizado de forma jocosa pela direita como referência a militares ou pessoas de direita que se mostram assim do lado de fora – o verde –, mas por dentro são vermelhos, ou seja, de esquerda.
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Pesam também que Neri já foi ministro da Agricultura na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, enquanto Fagundes já deu palanque para ela nas eleições de 2014.
Neri, Fagundes e Galvan são pré-candidatos ao Senado e, nas eleições deste ano, os três se colocam como candidatos bolsonaristas e brigam por reafirmar sua posição de conservadores.
Nesta quarta (5), em entrevista para um programa de TV local, Neri negou que seja uma melancia.
"Primeiro por que eu não sou melancia. Eu tenho posições claras. Eu não vou ficar puxando para aparecer em foto do lado de alguém ou do outro lado. Eu tenho que aparecer pelo meu trabalho e pelas condições políticas, que temos hoje, com mais de 100 prefeitos alinhados conosco. Sou da base do Governo Federal e vou exercer a disputa eleitoral discutindo Mato Grosso", respondeu o parlamentar.
Já nesta quinta (6), durante participação em evento do Governo Federal na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Fagundes também respondeu Galvan e disse que Bolsonaro contou para ele que já havia votado em um partido de esquerda.
"O próprio presidente Bolsonaro falou que já votou na esquerda já votou em um partido e evoluiu. A história do Brasil é assim. Um país democráticos, que tem seus os momentos na nossa história, então respeito a todos. Se o Galvan for candidato, ele vai falar os seus projetos e ideias; eu vou falar as minhas. Eu repito que voto é uma confiança que o eleitor deposita no político e a melhor forma de retribuir a confiança é o trabalho. E é isso que eu tenho feito", respondeu também.
Fagundes encerrou a resposta reafirmando que a eleição se ganha para construir democracia "e não para fazer briga".
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