Sábado, 21 de Setembro de 2024
icon-weather
instagram.png facebook.png twitter.png whatsapp.png
Sábado, 21 de Setembro de 2024
icon-weather
Midia Jur
af7830227a0edd7a60dad3a4db0324ab_2.png

POLÍTICA Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2021, 15:21 - A | A

20 de Dezembro de 2021, 15h:21 - A | A

POLÍTICA / NEGACIONISMO

"Não há problema em divulgar nomes de técnicos da Anvisa"

Queiroga elogiou Bolsonaro, a quem chamou de "grande líder", que "tem apoiado fortemente" a campanha vacinal

MARIANNA HOLANDA E RENATO MACHADO
Da Folhapress - Brasília



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta segunda-feira (20), não ver problema na divulgação de nomes de técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que autorizaram o uso da vacina da Pfizer contra Covid em crianças de 5 a 11 anos, como propôs o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Não há problema em se ter publicidade dos atos da administração. Acredito que isso é até um requisito da Constituição", disse a jornalistas em frente à pasta, ao ser questionado se a iniciativa do mandatário não poderia acabar influenciando nas ameaças que os técnicos têm recebido.

Leia mais:

Câmara de ministério dá apoio unânime à vacinação infantil

O ministro fez questão ainda de elogiar Bolsonaro, a quem chamou de "grande líder", que "tem apoiado fortemente" a pasta na campanha vacinal.

Para ele, a associação com as ameaças é "narrativa".

A Anvisa reforçou no domingo (19) o pedido de proteção policial para os gestores envolvidos na decisão de autorizar o uso da vacina para crianças de 5 a 11 anos -até então, só maiores de 12 anos poderiam se imunizar.

O ministro disse que as ameaças são criminosas e devem ser resolvidas pela Polícia Federal.

"São ações de criminosos contra funcionários públicos. Eu mesmo sofro ameaça aqui. A gente está trabalhando firme para resolver problema da pandemia, mas [essas] ações devem ser resolvidas pela PF [Polícia Federal]", completou.

Enquanto isso, no Senado Federal, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ser "inaceitável" qualquer tipo de intimidação ou ameaça a diretores da Anvisa, sem citar diretamente a proposta de Bolsonaro.

Pacheco também lamentou o fato de que está havendo politização em torno das decisões da agência.

"Gostaria, em nome da presidência do Senado Federal, de me solidarizar com todos os colaboradores, diretores e servidores da Anvisa, na pessoa do seu presidente almirante (Antonio) Barra Torres, porque é inaceitável qualquer intimidação ou ameaça em função de decisões que são tomadas livre e autonomamente por uma agência reguladora, a partir de critérios técnicos e científicos, a partir de processos que são por eles conhecidos, e decisões que são tomadas à luz dessa técnica", afirmou durante sessão plenária da Casa.

"Então, de fato, é lamentável que haja esse tipo de politização capaz até de levar a discussão às raias de intimidações e ameaças desse tipo. Isso é intolerável, tem a solidariedade e o apoio irrestrito do Senado Federal para fazer enfrentamento que precisa ser feito dessa pandemia, e a Anvisa é fundamental que o faça a partir de critérios técnicos, científicos, e não por qualquer outro motivo", completou.

Além de presidir o Senado, Pacheco é pré-candidato à Presidência da República pelo PSD.

Os técnicos têm recebido ameaças desde que começaram a tratar da vacinação para crianças. A agência já havia solicitado formalmente proteção policial, que não foi atendida, e reforçou o pedido após ataques em redes sociais se intensificaram nas últimas 24 horas.

O ofício com foi endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, mas, segundo a Anvisa, o documento também seria entregue ao ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ao ministro da Justiça, Anderson Torres, ao diretor-geral da PF (Polícia Federal), Paulo Maiurino, e ao superintendente regional da PF no Distrito Federal.

O presidente Jair Bolsonaro disse, na sua transmissão semanal na quinta-feira (16), depois da decisão da Anvisa, que havia solicitado "extraoficialmente" o nome dos técnicos da agência envolvidos no tema e que iria divulgá-los.

A proposta foi interpretada por técnicos como uma tentativa de intimidação.

Eles já estão sob ameaça por conta do aval à imunização de crianças.

Ao mesmo tempo em que ameaças intensificaram nas redes sociais, também foi lançada uma campanha com a hashtag #SomosTodosAnvisa no final de semana.

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.


Comente esta notícia

PM prende 5 acusados de matar rapaz; um dos bandidos foi baleado
#GERAL
PRISÃO COLETIVA
PM prende 5 acusados de matar rapaz; um dos bandidos foi baleado
Estado chama 120 aprovados no concurso da Saúde; VEJA LISTA
#GERAL
SERVIÇO PÚBLICO
Estado chama 120 aprovados no concurso da Saúde; VEJA LISTA
 Gefron apreende mais R$ 741 mil em drogas em MT
#GERAL
FLAGRANTE
Gefron apreende mais R$ 741 mil em drogas em MT
Cuiabá recebe shows nacionais, futebol e festa alemã
#GERAL
AGENDA FINAL DE SEMANA
Cuiabá recebe shows nacionais, futebol e festa alemã
Operação combate comércio de cigarros eletrônicos em MT
#GERAL
FUMAÇA
Operação combate comércio de cigarros eletrônicos em MT
Cuiabá amplia frota para regularizar coleta de lixo
#GERAL
EM ATRASO
Cuiabá amplia frota para regularizar coleta de lixo
Confira Também Nesta Seção: