GIOVANNA BAIOCCO E LETICIA PEREIRA
Da Redação
Em Mato Grosso, dez suplentes de vereador foram eleitos sem receber nenhum voto nas eleições municipais deste ano. O fenômeno político inusitado faz parte do cenário nacional, onde mais de 400 suplentes também se elegeram sem sequer votarem em si próprios. Veja a lista estadual:
MUNICÍPIO | NOME NA URNA | PARTIDO |
Arenápolis | Rejiane | UB |
Barra do Garças | Rocha Carvalho | UB |
Campinápolis | Pascoal Xavante | PT |
Juscimeira | Nassin Farah | PSB |
Lambari d'OEste | Renata da Cruz | PSB |
Nova Monte Verde | Navalquan | PL |
Nova Xavantina | Jobithon | PRD |
Novo São Joaquim | Gessi do Tião | UB |
Paranatinga | Fábio Diniz | PSDB |
Porto Esperidião | Rayane Alves | Republicanos |
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2023, eliminou a necessidade de votação mínima para suplentes. Agora, todos os membros de um partido que disputam a mesma função no legislativo e não se elegem são automaticamente incluídos na lista de suplentes, independentemente do número de votos recebidos.
O inusitado é que a posse, ao menos temporária, desses políticos é certa, já que afastamento, licenças médicas prolongadas ou até mesmo renúncias contra os vereadores titulares podem abrir caminho para que esses suplentes ocupem cadeiras nas câmaras municipais. A exceção é a republicana Rayane Alves, que faleceu durante o período de campanha.
A plataforma 72 Horas, especializada no monitoramento de financiamento de campanhas, revelou que, apesar da ausência de votos, as campanhas destes suplentes não foram gratuitas.
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