MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), disse discordar das emendas apresentadas pelo deputado Lúdio Cabral (PT), que pretende que o novo Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) seja destinado 100% para a Saúde.
O fundo foi criado durante a gestão Pedro Taques para socorrer a Saúde em momento de crise no caixa, em especial com recursos para os hospitais filantrópicos. Sua validade expirou no fim de junho passado.
Max Russi enfatizou a necessidade de financiar ações sociais no Estado, em especial com o avanço da vacinação e indícios de uma possível reta final da fase crítica da pandemia de Covid-19.
A declaração foi dada na quinta-feira (8), durante cerimônia de assinatura de um aditivo para construção de casas populares no Estado com financiamento da Caixa Econômica Federal.
O deputado reiterou que a votação do projeto do novo FEEF, que deve ser desmembrando em recursos ao Fundo Estadual de Saúde (FES) e ao Fundo de Apoio às Ações Sociais (FUS), só deve acontecer em 3 de agosto, no retorno do recesso parlamentar.
“Eu discordo da emenda do deputado Lúdio. Eu acho que tem que ter recursos no social. Se não tiver recurso no social, como nós vamos manter, até o final de 2022, 100 mil mato-grossenses recebendo auxílio emergencial? Como nós vamos fazer casa popular, entrega de cesta básica, entrega de cobertores? Nós precisamos buscar dinheiro. Nosso problema não é só Saúde, temos que cuidar das pessoas também”, declarou.
O projeto inicial enviado pelo Governo retirava de diversos setores a obrigatoriedade de recolher para o FEEF e dividia os recursos em 50% para Saúde e 50% para ação social.
Um substitutivo, articulado pelo deputado Eduardo Botelho (DEM), manteve a retirada de alguns setores, incluiu a taxação das tradings de soja e estipulou nova divisão, de 80% para saúde e 20% para a área social.
“Cuidar da Saúde, sim, mas tem recurso na Saúde. Mas também temque fazer a área social. Eu sou o deputado social, defendo muito as causas sociais, e vou trabalhar contra essa emenda porque entendo que a gente tem que fazer pelo social e pelas pessoas que mais necessitam no nosso Estado também”, disse Max Russi.
Ao propor as modificações no projeto, Lúdio Cabral afirmou que há recursos no caixa do Estado para financiar ações sociais. Citou que o Governo fechou 2020 com R$ 3,9 bilhões de sobra.
“Aí ele tem que apontar (onde tem). Neste momento, não tem. O Governo está aumentando recursos para os hospitais filantrópicos, mas também está pensando no social. Temos que aproveitar essa oportunidade: o Governo está colocando dinheiro para fazer casa popular, entrega de cobertores, cestas básicas, enfim... fazer qualificação profissional. Vamos sair da pandemia agora e precisamos fazer qualificação profissional, preparar o nosso povo para o mercado de trabalho. Agora ,vão tirar o dinheiro do social? Então, eu discordo do deputado Lúdio, até porque eu defendo as causas sociais e defendo essas famílias que mais precisam no nosso Estado”, continuou Max.
O presidente da Assembleia defendeu que há “famílias que estão vivendo à margem de tudo, não têm acesso a nada” e que seriam atendidas com os recursos previstos na nova divisão dos fundos.
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