MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O atual 1º secretário da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), disse que conta com apoio de 10 deputados para sua candidatura à presidência do Legislativo, e que agora deve buscar outros seis nomes. A principal resistência é um alinhamento mais próximo ao governo, segundo fontes dos bastidores.
Max concedeu entrevista nesta quarta-feira (23), depois que o atual presidente, Eduardo Botelho (União), desistiu de tentar a reeleição após consulta ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Botelho foi presidente na segunda metade da 18ª Legislatura, entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2019. Depois, foi reeleito para o biênio 2019 e 2020, e novamente reeleito para a gestão 2021-2022. O STF deu liminar e destituiu a Mesa Diretora liderada por Botelho em 2021, pela proibição mais de uma recondução à presidência, de acordo com a Constituição Federal.
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Uma nova eleição foi realizada tendo Max sido eleito a presidente. O atual 1º secretário ficou na presidência entre 23 de fevereiro de 2021 a 23 de fevereiro de 2022, quando o STF reverteu a decisão e determinou que Botelho cumprisse o final do mandato.
Antes de tentar nova reeleição, Botelho consultou o STF e recebeu como resposta que estaria proibido de concorrer novamente ao cargo. Ele deve ser o 1º secretário da chapa possivelmente encabeçada por Max Russi.
Não havendo candidatura do Botelho eu vou procurar os outros parlamentares, vou conversar e acredito que esse número vai crescer nas próximas semanas, e a gente possa atingir 14, 15, 16 votos, que são suficientes para eleição do novo presidente da nova legislatura
"Vou conversar com todos os deputados. Já tinha a sinalização de 10 parlamentares que tinham interesse que eu fosse candidato a presidente, que votariam se eu fosse candidato, e eu não tinha procurado muitos deputados. Agora não. Não havendo candidatura do Botelho eu vou procurar os outros parlamentares, vou conversar e acredito que esse número vai crescer nas próximas semanas, e a gente possa atingir 14, 15, 16 votos, que são suficientes para eleição do novo presidente da nova legislatura", afirmou Max.
O deputado defendeu uma gestão de continuidade, citando que 18 dos deputados estaduais foram reeleitos, indicando boa aceitação dos eleitores em relação à atuação da Assembleia Legislativa.
"A Assembleia nunca teve a volta de tantos deputados quanto agora. Eu participei de todas as decisões dentro do Parlamento como 1º secretário ou como presidente. E um gabinete aberto, que vai ouvir, que vai atender à sociedade, que vai colocar a Assembleia à disposição do povo de Mato Grosso", afirmou.
Para conquistar os demais votos necessários, Max deve enfrentar a resistência de parlamentares que o enxergam como mais alinhado ao governo. Algo que nos bastidores é tido com o temor que o Parlamento se torne "puxadinho" do Executivo.
O futuro candidato a presidente, porém, assinalou que deve dialogar com o governo e com os demais Poderes, sendo o Parlamento um "catalisador" das pautas.
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Valdomiro Freitas 23/11/2022
Quer alinhamento maior com o Governo do que o Botelho? Max é equilibrado e preparado e fará uma gestão mais democrática que o aprediz de ditador Botelho, que só cuida dos apaniguados próximos e nunca fez prevalecer a autonomia do Legislativo.
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