Mauro diz ter "cartas na manga" para retomada das obras do BRT

Solução será apresentada após acabar o prazo para consórcio se manifestar

LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) afirmou nesta sexta-feira (7) que já tem em mente algumas alternativas para retomada e conclusão das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. Nesta semana, Mauro anunciou a rescisão com o consórcio que tocava a obras.

Segundo o governador, o Tribunal de Contas do Estado e outros órgãos, como o Ministério Público Estadual, poderão auxiliar o Executivo a adotar o melhor modelo para a retomada dos serviços. "Governo de Mato Grosso tem uma estratégia. Jamais tomaria uma decisão dessa se não tivesse algumas cartas na manga. Quem me conhece sabe que eu não ajo por impulso, não fico dando entrevista falando aquilo que o Governo não tenha certeza do que ele possa fazer. Se nós tomamos essa medida, é porque nós sabemos os próximos passos, mas eu prefiro concretizar esses passos para depois anunciar", afirmou o governador.

Mauro explicou que após a notificação da rescisão, é preciso respeitar alguns prazos. O primeiro é de cinco dias úteis para o consórcio que tocava a obra responda as razões para o atraso, bem como outras situações que geraram a decisão pela rescisão.

Uma das explicações do consórcio, segundo o governador, deverá ser a demora para iniciar a obra em Cuiabá por conta de imbróglios judiciais entre Governo e prefeitura, que na gestão passada ainda tentava a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). "Já disse publicamente que eles têm razão. As obras ficaram um ano atrasada aqui em Cuiabá, porque a prefeitura foi na Justiça, travou, obstruiu, fez tudo que era possível para atrapalhar o BRT e conseguiu", afirmou o governador.

No entanto, Mauro acredita que os serviços já eram para estar mais adiantados e o consórcio não adotou o ritmo adequado, mesmo com as notificações realizadas. "Eles deixaram de ter razão quando renegociamos esse prazo todo em outubro do ano passado. Demos a ele nova oportunidade e eles não cumpriram", assinalou.

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Desde a decisão pela rescisão, o chefe do Paiaguás relatou que as equipes técnicas da Secretaria de Infraestrutura e do Tribunal de Contas têm se reunido para adotar a melhor solução para a obra. Os diálogos vêm sendo feitos com os conselheiros Valter Albano e Domingos Neto, que relatam as contas da Sinfra. "De maneira técnica, vamos construir nova solução e apresentá-la ao presidente e aos demais conselheiros para uma homologação e sua implementação", disse o governador, que não deu uma data exata para os serviços retomarem.

"Vai ser no menor espaço de tempo possível. Uma rescisão é um caminho longo e doloroso, por isso que evitamos. Não foi a primeira alternativa nossa, apertamos esse consórcio de todas as formas possíveis, demos as oportunidades necessárias, mas tudo na vida tem um limite. Chegou esse limite e estamos adotando as medidas necessárias".

"Pode ser semana, pode ser alguns poucos meses, mas em breve essas obras estarão ocorrendo", adiantou o governador.

Mauro Mendes afirmou que o Governo não fará nenhuma ação emergencial na avenida por conta das obstruções causadas pelas obras. "Não tem tantas obstruções. O trânsito flui quase que na normalidade. As obras causam impacto pequeno na Avenida do CPA".

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