MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O Governo do Estado revogou oficialmente a concorrência pública que gerou o contrato para administração de sete unidades do Ganha Tempo em Mato Grosso.
A revogação foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira (10).
A decisão atende a deliberação do Conselho Gestor de Parcerias Público Privadas, em uma resolução de 3 de setembro.
É assinada pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra Guimarães dos Santos.
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A licitação do Ganha Tempo foi alvo da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) em setembro de 2020, na Operação Tempo É Dinheiro.
O contrato foi assinado ainda em após a concorrência pública feita em 2016.
O então governador Pedro Taques (PSDB) inaugurou as unidades, durante o ano de 2018, em Barra do Garças, Cáceres, Cuiabá (na região da Grande Morada da Serra), Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande.
Segundo a Deccor, foram realizados atendimentos fictícios ou em tempo ilusório, havia lançamento duplicados de CPFs, entre outras irregularidades.
O Consórcio Rio Verde, vencedor da concorrência pública, foi afastado da administração das unidades, que foi assumida pelo Estado.
Pelo menos 105 mil senhas teriam sido fraudadas entre 2018 e 2019 para atendimentos que nunca existiram.
A Controladoria Geral do Estado (CGE) estima que os prejuízos poderiam ter sido de até R$ 250 milhões, se o contrato continuasse vigente até a data final, em 2032.
Na deflagração da operação, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 6,3 milhões das contas do consórcio e também de seu sócio-administrador.
Esse seria o valor do prejuízo já sofrido pelo Estado desde 2018.
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