MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O Executivo pagou R$ 91,8 milhões em emendas parlamentares até 30 de junho deste ano, a data-limite para transferências do Estado aos municípios de acordo com a legislação eleitoral.
A partir de 2 de julho, de acordo com a lei, o Estado ficado vedado de realizar transferência voluntária de recursos, "sob pena de nulidade de pleno direito". Em caso de conduta vedada, a situação pode gerar a cassação de eventual chapa do governador à reeleição. Há excessões para situações de emergência e calamidade pública.
Havia acordo da Casa Civil com os deputados estaduais para o pagamento do maior volume possível até a data-limite. No total, são R$ 235 milhões indicados pelos parlamentares no orçamento de 2022.
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A lista com as emendas pagas foi elaborada pelo gabinete de um dos deputados, não identificado, e circula nos bastidores da Assembleia Legislativa, segundo apurou a reportagem. O documento consta como lista de emendas "empenhadas", mas na verdade os valores já foram pagos, e o Executivo têm valores maiores que esses empenhados por emendas.
Paulo Araújo (PP) é o deputado que teve o maior volume pago. Foram R$ 7,8 milhões. Ele é seguido pelo presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União Brasil), com R$ 7,2 milhões, e pelo primeiro-secretário da Casa, Max Russi (PSB), com R$ 7 milhões.
Deputados da oposição como Ulisses Moraes (PTB), Lúdio Cabral (PT), Delegado Claudinei (PL) e Faissal Calil (Cidadania) tiveram valores de emendas pagas bem abaixo dos governistas.
Veja a lista completa ao final:
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