ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou, nesta terça-feira (9), que vai pedir à Procuradoria Geral do Estado (PGE) estudar uma ação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz federal Guilherme Michelazzo Bueno, responsável pelo plantão judiciário no último final de semana.
O magistrado concedeu alvará de soltura a Rosivaldo Herrera Poquiviqui e Marcos Antonio Rodrigues Lopes em menos de 24 horas à prisão por tráfico internacional de mais de 420 kg de cocaína, no último sábado (6), em Porto Esperidião. Eles haviam sido capturados pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron), vinculado ao Estado.
"O crime de tráfico internacional de drogas é um crime federal. Eu publiquei vídeo na minha rede social e algumas reportagens feitas no dia de ontem tiveram ampla repercussão em Mato Grosso e fora. Acredito que foi por isso que, ao final do dia de ontem, o juiz titular da Vara revogou este alvará de soltura", destacou, citando a decisão do juiz Francisco Antônio de Moura Júnior, que decretou as prisões.
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Nesta terça, Mauro disse que ficou feliz com a reversão da decisão de soltura da Justiça Federal e apontou que tem sido recorrente a soltura de suspeitos presos em flagrante com centenas de quilos de drogas no Estado.
"Não é a primeira vez que acontece em Mato Grosso, nem no Brasil. Tem sido recorrente. Há algum tempo atrás, na Estrada da Chapada, foi preso alguém com 300 kg de maconha e parece que três dias depois ele estava solto. Nós temos que ter leis mais duras, ou um Judiciário que realmente cumpra as leis existentes e não permita que haja esse tipo de interpretação, beneficiando bandidos que causam grande risco à sociedade. O tráfico de drogas tem desdobramento gigantesco em outros crimes, fomentando e alimentando as cadeias criminosas em todo o país", destacou o governador.
Se acionado no CNJ, o juiz federal Guilherme Bueno poderia responder um processo administrativo, o chamado PAD, e sofrer punições por conta da decisão de soltura.
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