ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), decretou, nesta segunda-feira (13), situação de emergência em todo o território mato-grossense por conta dos incêndios florestais.
No decreto, o governo pontua que focos de calor e incêndios destroem a vegetação natural dos três biomas do Estado, principalmente no Pantanal.
Bombeiros e brigadistas se dividem em oito frente de combates aos incêndios no Pantanal, sendo eles no Parque Estadual Encontro das Águas, na região de Mimoso, na comunidade São Pedro de Joselândia, na Fazenda Alvorada do Pantanal, na fronteira com a Bolívia/San Matías, além das áreas federais do Parque Nacional do Pantanal, da Reserva do Dorochê e da Terra Indígena Portal do Encantado.
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O Palácio Paiaguás considerou a situação da estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, umidade do ar baixa e intensos ventos que têm favorecido a ocorrência de incêndios.
O decreto de situação de emergência terá duração de 60 dias e permite fazer aquisições com dispensa de licitação para agilizar o combate aos incêndios.
Após a publicação do decreto, o governo também irá buscar recursos junto ao Governo Federal. No último sábado (11), Pivetta se reuniu com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva (Rede), para traçar uma ofensiva contra os incêndios. Ficou estabelecido que o Governo Federal enviaria reforços, inclusive do Exército Brasileiro, para os combates.
Para o Midiajur, a cientista política e diretora executiva do Instituto Centro de Vida (ICV), Alice Thuault, destaca a possibilidade das mudanças climáticas interferirem no regime de chuvas no Pantanal.
"Éramos para estar em um período de muita chuva. Se você olhar o Pantanal como um todo, ele está sendo muito atingido. Se ela não chegar com intensidade (a chuva), isso será preocupante", avalia.
Thuault, aponta que, em apenas oito dias deste mês de novembro, o Pantanal mato-grossense registrou mais focos de calor do que todo o mês de outubro - foram 892 focos de calor neste mês contra 845 em outubro. "Isso já mostra uma situação incomum para novembro", destaca. A especialista defende um plano de adaptação para o bioma.
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