MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, afirma que foi pressionado, por duas vezes, pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para que assinasse "uma caixa de contratos" temporários que seriam irregulares.
As informações prestadas pelo ex-secretário embasaram, em parte, a Operação Capistrum, na qual o prefeito foi afastado, por decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, na última terça-feira (19).
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O ex-secretário fechou acordo de não perscução cível com o MPE com relação ao caso.
Huark relata que recebeu uma caixa com cerca de 350 contratos, que seriam de indicações políticas para a secretaria.
Segundo o ex-secretário, ele teria deixado os contratos sem assinatura por um tempo, até que o prefeito ligou cobrando o andamemento das contratações.
No depoimento, Huark afirma que desconversou e disse que veria como proceder.
Emanuel teria ligado uma segunda vez e, a partir daí, o ex-secretário teria feito uma espécie de pente-fino nas indicações e assinado somente aqueles que eram profissionais para atendimento direto à população, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos, entre outros.
Na época, o MPE questionava a Prefeitura em uma ação civil pública sobre os contratos "precários" feitos na secretaria, sem qualquer concurso público ou processo seletivo.
"Ele me cobrou duas vezes. Na primeira, eu desconversei; na segunda, que eu assinei somente a dos contratos de quem estava na ponta, dos médicos e plantonistas", diz, durante o depoimento.
Veja o vídeo:
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