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POLÍTICA Sexta-feira, 12 de Abril de 2024, 10:42 - A | A

12 de Abril de 2024, 10h:42 - A | A

POLÍTICA / CASSAÇÃO NA CÂMARA

Emanuel: ex-secretários foram injustiçados e vão testemunhar inocência

MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação



"Quem vai reparar o prefeito Emanuel Pinheiro desse massacre à sua reputação?". Falando assim, em terceira pessoa, o prefeito de Cuiabá, do MDB, tentou rechaçar a acusação de chefiar uma organização criminosa na área da Saúde, motivo pelo qual responde a um processo de cassação do mandato na Câmara de Cuiabá. A referência foi à ação penal da Operação Capistrum, que saiu da competência da Justiça Estadual para a Justiça Federal.

A fala foi feita em entrevista coletiva nesta sexta-feira (12) no lançamento da segunda etapa da obra do Mercado do Porto. Para Emanuel, os ex-secretários e ex-servidores indicados por ele como testemunhas de defesa na comissão processante da Câmara foram injustiçados e irão testemunhar sua inocência.

A acusação de chefe da organização criminosa foi feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) em uma ação que levou ao afastamento do prefeito do cargo em março passado. Contudo, três dias depois de ser afastado, o prefeito conseguiu decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para retomar o mandato.

Leia mais:

Emanuel indica ex-secretários alvos de operações como testemunhas de defesa

A decisão do STJ revogou as medidas cautelares que haviam sido aplicadas pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, o que incluía o afastamento da prefeitura. Emanuel lembrou em seguida a outra vitória de sua defesa no STJ, que declarou a incompetência do TJMT para julgar a Capistrum, levando o caso à Justiça Federal, que ainda pode validar as investigações realizadas em âmbito estadual ou anular toda a operação do Ministério Público de Mato Grosso.

"(A indicação de testemunhas) Se deu com base em pessoas injustiçadas. Luiz Antônio Possas de Carvalho, foi a primeira (testemunha) que eu coloquei... duas ou três operações... Overpriced, não sei se vocês lembram, duas semanas antes do primeiro turno afastaram meu secretário de Saúde. Passaram-se quatro anos e a decisão é que não tem prova contra eles, todo mundo inocentado, bens desbloqueados. Quem vai reparar a honra de Luiz Antônio? Vocês sabem o estrago que foi feito na vida desse profissional, entrou em depressão, fechou escritório de advocacia, sofreu demais ele e a família dele. Quem vai reparar? E essas duas ou três operações que foi a Overpriced, está aí", declarou.

O prefeito afirmou ter indicado "como testemunhas pessoas que sabem que não fizemos nada errado, só tentamos acertar, trabalhamos muito". Emanuel avaliou que "Cuiabá foi referência nacional pelo Ministério da Saúde na pandemia, isso valeu muito para a nossa reeleição, e no entanto tentaram construir um massacre à nossa reputação, que pouco a pouco a Justiça está derrubando".

"Olha a Operação Overlap, quem vai reparar? Arquivado pelo Tribunal de Justiça, nem denúncia teve. Quem vai reparar a honra do procurador-geral Marcus Brito à época? Quem vai reparar a honra do ex-secretário Alex Passos à época? Tudo arquivado. Só aí já foram cinco operações que caíram por terra. Então, não houve isso, nós trabalhamos com muita seriedade tentando acertar, fazendo o melhor por Cuiabá e a população", continuou.

Para o prefeito, todos foram inocentados, "então vai reforçar a injustiça" contra o próprio Emanuel.

Veja a lista de testemunhas:

1) Luiz Antônio Possas de Carvalho, ex-secretário municipal de Saúde e alvos da Operação Colusão (Polícia Federal) e Overpriced (Gaeco e Polícia Civil de Mato Grosso);
2) Milton Corrêa da Costa Neto, ex-secretário adjunto da Saúde e alvo da operação Curare (Polícia Federal);
3) Luiz Gustavo Raboni Palma, ex-secretário adjunto da Saúde e alvo da operação Raio-X e Overpay, ambas da Polícia Civil de Mato Grosso;
4) João Henrique Paiva, ex-secretário adjunto da Saúde e alvo das operações Overpriced II (Polícia Civil de Mato Grosso) e Colusão (Polícia Federal);
5) Hellen Cristina da Silva, servidora e alvo da Operação Overpriced;
6) Matteus Beresa de Paulo Macedo, advogado;
7) Lucas Fischer de Moraes, advogado;
8) Benedito Oscar Fernandes de Campos, diretor técnico da Secretaria Municipal de Saúde e alvo da operação Smartdog (Polícia Civil de Mato Grosso);
9) Alan Borges e Silva, diretor administrativo financeiro da Secretaria Municipal de Saúde e alvo da operação Smartdog (Polícia Civil de Mato Grosso);
10) Dalila Romanini, coordenadora especial administrativa da Secretaria Municipal de Saúde e alvo da operação Smartdog (Polícia Civil de Mato Grosso);

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