Reprodução Youtube Senado

ALLAN PEREIRA
Da Redação

A ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), tomou posse como senadora da República na tarde desta quarta-feira (12). O ato de posse ocorreu durante a sessão plenária no Senado. Durante o discurso de posse, ela pediu ajuda do legislativo para os presos, réus e condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

“Deus me colocou aqui como prova de não termos medo de lutar por aquilo que acreditamos. Que direito à vida e a liberdade são os nossos bens mais preciosos. Por isso, defendi e continuo defendendo a minha liberdade de expressão e me solidarizo com todos aqueles que tiveram os seus direitos violados. Espero que essa casa possa estar ajudando todos os patriotas que querem e lutaram pela liberdade. Ainda muitos estão com esse direito impossibilitados de ter essa liberdade”, discursou na posse.

O bloqueio das contas bancárias e do passaporte de Rosana se deu por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que abriu uma investigação contra a ex-prefeita relacionada aos atos que levaram à destruição da sede dos Três Poderes da República em Brasília. Ela também teve o certificado de Caçadora, Atiradora e Colecionadora (CAC), que lhe permitia ter posse de armas, suspenso pelo magistrado.

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A ex-prefeita é investigada por supostamente financiar bloqueios em estradas e mobilizações por golpe de Estado em 2022, logo depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno da eleição presidencial.

Rosana é segunda suplente do senador Wellington Fagundes (PL), que sai de licença de 121 dias para cirurgia no ombro. "Essa cirurgia é programada porque também estou numa fase de fisioterapia, que exige tempo", disse Wellington.

O primeiro suplente do parlamentar, o presidente do Partido da Renovação Democrática (PRD) e empresário Mauro Carvalho, negou o pedido de assumir a cadeira para cuidar das articulações da legenda que preside para as eleições municipais deste ano. Ele já havia assumido como senador entre julho e outubro do ano passado.

No discurso de posse, Rosana se posicionou a favor de pautas conservadoras, da duplicação da BR-163 de Sinop até o Porto de Miritituba (Pará) e da criação de uma universidade federal do nortão, além de se colocar contra a moratória de soja, a demarcação de novas terras indígenas e os crimes contra as mulheres. "Saibam que terão meu apoio a essas bandeiras", disse.

"Teremos uma bancada ainda mais forte. Ao assumir esse mandato, reafirmo o meu compromisso com a defesa da vida e da família, que é o nosso pilar fundamental. E também a defesa da propriedade privada. Sou terminantemente radical contra a invasão de propriedade. Nós queremos e acredito que ela é essencial para garantir a liberdade e o desenvolvimento econômico", acrescenta.

Rosana também disse que é preciso fazer Justiça para o setor do agronegócio, já que é ele “que gera riqueza, alimenta o Brasil e emprega tanto”.

A senadora também criticou o presidente Lula, ao elogiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ao devolver a Medida Provisória “do Fim do Mundo” (nº 1227/2024). “Esse Governo Federal só tem encontrado brechas e oportunismo em tirar do agro, da indústria, do comércio, do setor de base florestal e dos cidadãos, que já tanto pagam os impostos”, disse.

Com a posse de Rosana, a bancada mato-grossense no Senado passa a ter representatividade de duas mulheres, com a senadora Margareth Buzetti (PSD).

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