ALLAN PEREIRA E LÁZARO THOR
Da Redação
Laudo de necropsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) aponta que uma grande hemorragia sanguínea foi a causa direta da morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, mais conhecido como "Japão", sendo originada pelos três disparos de arma de fogo efetuados pelo vereador e tenente-coronel PM Marcos Paccola (Republicanos).
Conforme exame, no qual o MidiaJur teve acesso, Japão foi atingido por três disparos de arma de fogo nas costas, sendo que os três projéteis atravessaram o corpo.
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Os peritos identificaram que um dos disparos não causou graves ferimentos em Alexandre, já que o trajeto se deu pela lateral das costas e o braço esquerdo.
Já os outros dois disparos atravessaram o corpo, lesionando partes do pulmão, diafragma, fígado e coração, cujos ferimentos contínuos levaram a perda maciça de sangue.
Em nota divulgada à imprensa, a Politec informou que "todas as perícias requisitadas até o momento (necropsia, local de crime, balística e alcoolemia) encontram-se concluídas e disponibilizadas à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)".
Paccola é investigado pela DHPP por ser o autor dos disparos que mataram Alexandre, na noite de 1º de julho, no bairro Duque de Caxias.
Nesta quinta-feira (14), coletiva, Paccola afirmou que deu chance de defesa antes de atirar nas costas do Japão e disse que não faria nada diferente, após analisar a situação posteriormente.
"Não tem absolutamente nenhum procedimento que eu, observando e reobservando a situação, pense que poderia ter agido ou finalizado de forma diferente", disse.
Além da investigação policial, o vereador enfrenta um pedido de afastamento e cassação na Câmara por conta do homicídio.
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