MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) gravou um vídeo, ao lado do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, no qual os dois criticam o feriado do Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro.
Cattani defende que o feriado prejudica o comércio, enquanto Camargo, que é negro, é mais radical: quer a exintinção da data.
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Os dois estiveram no evento de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, nesta terça-feira (30), em Brasília.
Cattani apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 1050/2021, em 10 de novembro, para modificar a lei estadual do Dia da Consciência Negra, promulgada em 2002.
A proposta do deputado é alterar o trecho que institui o dia 20 de novembro como feriado estadual, e deixar a data apenas como ponto facultativo.
A mudança permitira ao comércio funcionar normalmente.
"Eu acho que é uma data ruim para a economia da cidade, é uma paralisação das atividades do comércio que gera perdas de renda, de faturamento e etc. Mas, sobretudo, é uma data política, criada com uma intenção que, lamentávelmente, não é boa nem para os negros, e muito menos para o Brasil. É uma data que visa gerar uma doutrinação vitimizadora do negro e também pregar uma cultura do ressentimento. Eu acho que o Dia da Consciência Negra precisa ser revogado em todos os municípios e Estados onde é celebrado. Não faz sentido. Nós somos um só povo, pretos e brancos unidos, pelo Brasil", diz Sérgio Camargo, no vídeo.
Cattani cita que "tem muitos negros no meu Estado que têm comércio".
"São comerciantes, empreendedores, pessoas de sucesso", argumenta.
No que é completado por Camargo: "Estão sendo prejudicadas por uma data que é estritamente ideológica. É uma data criada pela esquerda, pela militância vitimista da esquerda, e que não representa de forma legítima a população negra do Brasil, que é honrada e trabalhadora".
Veja o vídeo:
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