LETICIA AVALOS
Da Redação
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticou a sugestão do deputado estadual Júlio Campos (União) de mobilizar as Assembleias Legislativas do Brasil em prol da anistia “ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos atos terroristas do 8 de Janeiro. Para Cabral, a atitude é uma tentativa da ala política de interferir no Poder Judiciário.
“É o Poder Judiciário quem trata disso. E esse é um tema que não cabe interferência de natureza política, porque as instituições têm que funcionar, as polícias cumprirem o seu papel, o Ministério Público cumprir o seu papel e o Poder Judiciário cumprir o seu papel. Um movimento político com esse discurso de anistia [...] é buscar contaminar pela política a tarefa institucional que o Poder Judiciário tem”, argumentou Lúdio.
Na última quarta-feira (19), Júlio, que é membro da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), declarou que a intenção da proposta é “pacificar” o país, hoje dividido entre “direita e esquerda”. Entre as defesas do parlamentar, está a de que as penas sejam, ao menos, definidas individualmente.
Lúdio ponderou que a demanda é desnecessária, já que todas as condenações da Justiça são sempre feitas de forma individual, baseadas nos atos específicos de cada suspeito, mesmo em crimes coletivos. “É lógico que o processo [já] é individualizado”, disparou.
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