MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) entregou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro informações bancárias de, pelo menos, cinco empresários e seis empresas de Mato Grosso. A CPMI investiga possível financiamento de atos antidemocráticos após as eleições de 2022.
O colegiado da CPMI aprovou a quebra dos sigilos bancários e fiscais de Argino, Sergio e Roberta Bedin, todos membros de uma família do agronegócio sediada em Sorriso. Argino já foi chamado de "pai da soja". Os dados começaram a ser entregues à CPMI em 11 de agosto e há outros a serem encaminhados.
Os três tiveram bens bloqueados no final de 2022 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O clã Bedin é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao menos 15 caminhões das empresas da família estavam entre os veículos utilizados para bloquear estradas após a eleição vencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A CPMI também aprovou a convocação de Argino e Roberta Bedin, mas os depoimentos ainda não têm data para acontecer. Além deles, os empresários Leandro Pedrassani e Edilson Antonio Piaia também foram convocados para prestar esclarecimentos. Todos foram convocados como testemunhas.
Piaia, por sinal, havia sido alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido). O requerimento contra o empresário, porém, consta na lista dos pedidos ainda não apreciados pela CPMI.
Outros empresários que o COAF entregou os dados são o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, e o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho e Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber.
Os deputados e senadores receberam também dados de pelo menos seis empresas que atuam em Mato Grosso. Entre eles, o COAF entregou dados da Agritex Comercial Agrícola Ltda, fundada em Água Boa pelo empresário Gerson Garbuio.
Também foram quebrados os sigilos da Comércio e Transportes Comeli Ltda, de propriedade da família Comelli; da Dalila Lermen Ltda, de propriedade da empresária de mesmo nome; da Sipal Indústria e Comércio, empresa da família Scholl; da Transportadora Rovaris, que é da família de mesmo sobrenome; e da BMC Máquinas, Equipamentos Pesados, Engenharia e Locações Ltda, uma sociedade dos empresários Felipe Sica Soares Cavalieri e José Roberto Corazza Costa Vianna.
Os dados informados pelo COAF abarcam o período de 1º de janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência da República, até o presente. A documentação é mantida sob sigilo pela CPMI.
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paula 28/08/2023
Estão gastando atoa! já que o mandante tá mais que na cara quem é! só que morre, mas não confessa! tanto é que corre da CPMI justamente pq será descoberto em 1 semana, agora até separar o joio do trigo, separar os mandados pra fazer o quebra pra incriminar a direita, demora, enquanto isso vão engambelando o povo pra fazerem acreditar que são inocentes!
AUREA 27/08/2023
Quem foi o mandante da invasão de 8 de janeiro/2023? É difícil para a inteligência do Planalto descobrir? Parem de desculpas e de enrolação CPMI, sejam determinados e focados. Grande palhaçada e gastos desnecessários do nosso dinheiro em querer tampar o sol com a peneira.
2 comentários