ALLAN PEREIRA
Da Redação
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, avalia que pouco se avançou na última edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, no início do mês. Ela, o governador Mauro Mendes (União Brasil) e uma comitiva do governo estiveram no encontro para discutir os efeitos das mudanças climáticas no planeta.
"Do ponto de vista ambiental, nós continuamos da mesma forma. Ainda continuamos com as mesmas discussões, os países em desenvolvimento continuam fazendo as mesmas cobranças, o Brasil se posiciona no sentido de que tem compromissos ambientais, mas precisa de investimentos. Do ponto de vista geral, pouca coisa evoluiu", pontua.
A COP 28 busca alinhar as ações dos governos no Acordo de Paris, em 2015, de reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) e retardar o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais.
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Ao fim da conferência, os países não conseguiram chegar a um acordo de eliminar os combustíveis fósseis, prejudicando o objetivo de acabar com o uso de petróleo e gás em 30 anos.
Segundo a secretária, a COP é importante para Mato Grosso entrar em contato com países que garantam recursos para a preservação ambiental. "Nós fomos lá mostrar todas as inovações que nós temos do ponto de vista ambiental para uma produção sustentável", disse.
Mauren diz que foi apresentado, na COP 28, uma norma da ABNT sobre rastreabilidade da madeira para fortalecer a economia a partir da floresta.
"Uma das estratégias mais consistentes para manter a floresta em pé é gerar renda. Manter a floresta em pé sem gerar renda é uma matriz que não funciona. Aí acaba se cortando a floresta para ter outras matrizes econômicas", opina.
A secretária também destaca que foram feitas reuniões com o governo de Singapura para comprar crédito de carbono.
"Eles são uma ilha, então não tem como reduzir a emissão. Eles precisam adquirir. Fizemos uma reunião muito produtiva em que eles estabeleceram contato com o Estado de Mato Grosso por entender que temos uma matriz transparente e tem planos consistentes para carbono neutro", relata.
"Essas iniciativas colocam Mato Grosso numa unidade da federação que tem compromisso ambiental, mas que produz e gera renda para a sociedade. É o que todo mundo espera de todas as unidades da federação dos País. Temos o tamanho de um país. Então, nós vamos à COP mostrar essa matriz e que isso melhore nossa a nossa tratativa e comercialização", conclui.
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