MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Os 259 contratos irregulares entregues pelo ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, ao Ministério Público Estadual (MPE) custariam cerca de R$ 500 mil por mês - ou R$ 6,5 milhões por ano - à Prefeitura de Cuiabá.
Huark entregou a documentação no acordo de não persecução cível fechado com o MPE.
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Os documentos embasaram a Operação Capistrum, realizada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e que levou ao afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Em depoimento ao MPE, o ex-secretário estimou que entre salários e o "Prêmio Saúde", os contratos custariam cerca de R$ 500 mil por mês. Se considerados os 12 meses mais o 13º, se chega aos R$ 6,5 milhões ao ano.
Segundo Huark, quando assumiu a pasta, em março de 2018, foi feita uma análise nas contas da Saúde e ele sugeriu ao prefeito que fossem cortados cerca de 20% dos contratos temporários.
A sugestão não foi acatada. Emanuel teria dito que os contratos eram um "canhão político", já que as pessoas eram indicadas por vereadores, secretários, deputados estaduais e outros agentes políticos.
Ao Ministério Público, Huark afirmou que as contratações teriam continuado depois que ele deixou a pasta, em dezembro de 2018. Os contratos, chamados de "precários", podem durar até quatro anos.
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