ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) foi citado em uma matéria da coluna do jornal Estadão de S. Paulo como o motivo do atual presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o delegado da Polícia Federal, Marcelo Xavier, se encontrar com indígenas.
Publicado no impresso do jornal nesta segunda (27), a matéria destaca que Marcelo não visitou nenhuma terra indígena nos seus mais três anos como presidente da fundação.
Aponta que a exceção foram a participação do delegado em duas palestras a convite de Cattani, que é produtor rural em Nova Mutum.
O deputado foi autor de dois convites para o presidente da Funai vir a Mato Grosso e se encontrar com indígenas.
Os dois convites ocorreram neste ano de 2022, sendo um em março para Feira de Agronegócio Parecis Super Agro em Campo Novo do Parecis, e a outra em junho na Assembleia Legislativa para participar da Convenção sobre a Internacionalização do Estado do Mato Grosso.
Nas duas ocasiões, Cattani e Marcelo se encontraram com indígenas das etnias Haliti-Paresi, que produzem soja em 20 mil hectares de terra.
A coluna do Estadão destaca Cattani como um "defensor da exploração de potássio em áreas demarcadas" e cita que o deputado "é réu em um processo de reintegração de posse de um terreno do Assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, destinado à reforma agrária".
A reportagem baseou a informação de Marcelo preferiu ficar em Brasiília, ao invés de visitar as aldeias das etnias índigenas do país, na falta de registros de viagens do delegado no Portal da Transparência do Governo Federal.
Mas, após ser procurada pela equipe de jornalistas da coluna do jornal, a Funai listou dez compromissos que o presidente da Funai teve em territórios indígenas entre setembro de 2019 e março de 2022.
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