MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Com 19 votos, os vereadores aprovaram um projeto de lei que proíbe a construção de usinas hidrelétricas (UHE) e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no Rio Cuiabá.
A proibição deve valer para o trecho do rio que está dentro do território do município.
A proposição vem em resposta a seis projetos de PCHs, que tramitam na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), no rio que banha a Baixada Cuiabana.
Leia mais:
Juíza de Rondonópolis manda suspender operação de PCHs
Investimentos da Amaggi no Brasil somam R$ 2,3 bilhões em 2021
O projeto é do vereador Eduardo Magalhães (Republicanos).
"Esta lei tem como objetivo proteger o Rio Cuiabá, que já vê prejudicado seu volume d’água, por conta da Usina Hidrelétrica do Rio Manso", diz ele, na justificativa.
Além da preocupação com o abastecimento de água para a Capital, o parlamentar destaca que as usinas hidrelétricas podem afetar a fauna de peixes no rio.
Magalhães indicou que os empresários que têm interesse nas PCHs que tramitam na Sema devem recorrer ao Judiciário contra o projeto, mas defendeu a proposta.
O vereador Diego Guimarães (Cidadania), que votou a favor, apontou que a questão deveria ser tratada na esfera estadual, já que afeta outras cidades, além de Cuiabá e que também ficam à beira do Rio Cuiabá.
"O que o governador e a Assembleia Legislativa precisam fazer, ao invés de destruir a nossa natureza, é incetivar a geração de energia mais limpa, incentivar a geração de energia fotovoltaica. Esta Casa, neste momento, cumpre um papel que deveria ser da Assembleia Legislativa. A Assembleia Legislativa deveria aprovar uma lei para proibir a instalação de PCHs no Rio Cuiabá, envolvendo todos os municípios: Rosário, Nobres, Várzea Grande, Cuiabá, Barão de Melgaço... Enfim, todos os municípios que estão banhados pelas águas do Rio Cuiabá deveriam ter essa proteção vinda da Assembleia Legislativa, que não fez", discursou.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.