ALLAN PEREIRA
O vereador Diego Guimarães (Republicanos) não acredita na viabilidade do chamado "bloco independente", de escolher um nome para presidente e demais membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, que possa ser oposição a Prefeitura de Cuiabá.
"Eu acho muito difícil [que o bloco se viabilize]. Vai ser a minha quarta eleição da Mesa Diretora e, em todas elas, eu vi a influência muito grande do prefeito [Emanuel Pinheiro]", diz Diego.
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O chamado bloco independente foi formado no final de 2021 pelos vereadores Sargento Joelson (SD), Marcus Brito Júnior (PV), Eduardo Magalhães (Republicanos), Pastor Jeferson (PSD), Denilson Nogueira (PP) e o vereador Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania).
Todos eles são ou eram da base de Emanuel na Câmara e não representa o grupo de oposição, que é formado pelos vereadores Diego Guimarães (Cidadania), Edna Sampaio (PT), Dilemário Alencar (Podemos), Michelly Alencar (União Brasil) e o tenente-coronel Eduardo Paccola (Republicanos).
O vereador e pré-candidato aponta que, onde Emanuel "colocou o dedo" nas eleições da Mesa, os vereadores o seguiram e "abriam mão da sua independência do seu voto para seguir uma orientação do prefeito".
"Acredito que o ideal para a Câmara é sim ter uma Mesa Diretora independente, uma Mesa Diretora que realmente preze pela harmonia dos Poder, mas pela independência acima de tudo. O Poder Legislativo não pode estar subalterno ao Poder Executivo. Quando isso acontece, fica do jeito está né".
E continua na crítica: "Infelizmente, muitas leis importantes que nós [oposição] apresentamos não são aprovados, aquilo que veio do Executivo é patrolado de qualquer jeito, o orçamento não é discutido da forma que deveria ser".
Diego aponta que, ao invés da Câmara ser protagonista, sob o jugo de Emanuel ela tem um papel de coadjuvante.
Por isso, o vereador não acredita na autonomia do bloco independente, apesar do grupo ter integrado com a base do prefeito na Câmara em votações.
"Espero dessa vez estar errado. Ficarei muito feliz se eu estiver equivocado, mas, toda vez que o Executivo bateu palma, a turma voltou lá para o Alencastro, foi para o sétimo andar, apaziguou tudo e voltou a votar conforme a orientação do prefeito", pontua Diego.
Sem data marcada, a previsão é que o pleito para a Mesa Diretora da Câmara ocorra depois das eleições gerais para presidente, governador, deputados e parlamentares do Congresso Nacional deste ano.
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