ALLAN PEREIRA
Da Redação
A suplente ao Senado e ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), confirmou que teve as contas bancárias bloqueadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (15). Ela também teve suspenso o registro de certificado de Caçadores Atiradores e Colecionadores (CACs).
Apesar de ter sido alvo na última semana, Rosana só confirmou cinco dias depois, em vídeo gravado nesta terça-feira (20) e divulgado em suas redes sociais. Ela não escondeu sua participação nos atos contra os resultados das eleições presidenciais. A suplente foi filmada e fotografada em um bloqueio de trecho da BR-163 na cidade de Sinop, no dia 31 de outubro, dia seguinte à derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
"Dizer que participei e continuo participando das manifestações, que tem sido pacíficas e ordeiras, a favor do nosso presidente Bolsonaro. Eu acredito e defendo a nossa população, a liberdade de expressão e, principalmente, nossa liberdade de imprensa", disse.
Rosana também afirma sofrer retaliação "por ter sido prefeita, política e, principalmente, por ser mulher, mas eu acredito no Brasil". "Eu acredito em Deus, pátria, família e, principalmente, a nossa liberdade", conclui no vídeo.
Na última quinta-feira (15), o ministro Alexandre determinou o bloqueio de contas bancárias e de 168 perfis em redes sociais, além da suspensão de certificados de Caçadores Atiradores e Colecionadores (CACs), de diversos empresários bolsonaristas suspeitos de financiar atos antidemocráticos.
A decisão de Moraes, que está em segredo de Justiça, ocorreu em uma ação que autorizou o cumprimento de mais de 100 mandados de busca e apreenssão contra bolsonaristas em todo o país. Em Mato Grosso, foram 20 ordens cumpridas.
Os alvos são apontados por financiar ou organizar atos, como a obstrução de rodovias e acampamentos em frente aos quartéis do Exército.
Rosana recebeu a diplomação da Justiça Eleitoral de suplente do senador Wellington Fagundes (PL), chapa na qual concorreu com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), na última quinta-feira (15).
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