ALLAN PEREIRA
Da Redação
A temperatura mínima em Cuiabá já é pelo menos 1,5 grau mais quente do que era registrado pelas estações meteorológicas há quase um século, segundo levantamento publicado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), chamado Normais Climatológicas do Brasil.
De acordo com o estudo do Inmet, a temperatura ficou 1,6 graus mais quentes no período entre 1991-2020 se comparado ao período entre 1931-1960.
Conforme a pesquisa, a elevação da média da temperatura mínima no mês de outubro no período entre 1991-2020, por exemplo, é de 1,6°C e, nos meses de abril e novembro do mesmo período, a elevação é de 1,5°C na comparação com a média do período 1931-1960.
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Os valores são uma média do clima (temperatura e chuva) de Cuiabá entre os anos de 1991 e 2020. Após calcular a média, os pesquisadores do Inmet compararam os números com os períodos de 1931-1960, 1961-1990 e 1981-2010. A comparação indica o efeito das mudanças climáticas na capital mato-grossense, segundo o Inmet.
Reprodução/Inmet
De acordo com o instituto, o aumento das temperaturas propiciam ondas de calor e secas, fazendo com que elas aumentem de frequência, intensidade e/ou duração.
Em agosto deste ano, por exemplo, o Inmet registrou duas ondas de calor seguidas no país entre os dias 22 e 28 que levaram as temperaturas a bater 40 graus na Capital.
Aumento das temperaturas máximas
O levantamento do Inmet também indicou aumento de até 1 grau entre 1991-2020 para as temperaturas máximas em comparação com o período de 1931-1960.
A elevação da temperatura máxima do mês de abril, dos dois períodos, é de 1 grau. Entre os meses de agosto e novembro, tido como os mais quentes do ano na Capital, a comparação indica uma elevação que varia de 0,5 a 0,9.
No país, o Inmet identificou redução de chuva e aumento das temperaturas do país em 1,5°C.
O Inmet aponta que as comparações por períodos de 20 a 30 anos são importantes para entender o clima de uma cidade - saber se as chuvas e as temperaturas estão diminuindo e aumentando -, além de identificar se elas estão cada vez mais fortes.
Esses dados são usados para entender a gravidade de um evento climático extremo, como a queda acentuada no regime de chuvas no centro-sul do país em 2021, para setores do agronegócio, o setor de geração de energia, mercado financeiro e outros.
Reprodução/Inmet
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