MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, converteu a prisão em flagrante do policial civil Leonel Constantino de Arruda para preventiva. Ele ficará preso para responder pela morte de Anderson Conceição de Oliveira, de 32 anos, ocorrida em 6 de maio.
A decisão foi dada após audiência de custódia realizada no sábado (7). Anderson foi morto após procurar a delegacia para registrar um boletim de ocorrência sobre extravio de documentos e ser informado de que havia um mandado de prisão contra ele em aberto.
O homem correu para fora da delegacia, que fica na Avenida Tenente Coronel Duarte, a "Prainha", quando foi atingido por tiro na nuca dado por Leonel.
O policial civil correu atrás de Anderson antes de disparar. O homem estava desarmado.
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"Assim, superada a demonstração da materialidade e presentes os indícios de autoria, chega-se à inferência de que a ordem pública será abalada se o autuado for posto em liberdade, ante a gravidade do delito imputado, uma vez que por ser investigador de polícia, exigia-se uma conduta totalmente diversa do mesmo, o qual assumiu o risco de matar a vítima Anderson no momento em que decidiu atirar pelas costas de uma pessoa desarmada", afirmou a juíza.
Para a magistrada é "estranho" o argumento do policial de que teria tentado acertar a perna da vítima. Renata do Carmo afirmou que a situação "demonstra total despreparo, tendo sido imprudente e imperito em sua ação". O correto seria ter dado um tiro de alerta para cima, no entendimento da juíza.
"Além disso, deve ser ressaltado que o autuado assumiu o risco inclusive de atingir outras pessoas que estivessem passando pelo local, considerando que se trata de uma via pública, a qual é conhecida pela grande movimentação de transeuntes, em plena luz do dia", disse.
Na decisão, a juíza ainda relata que Leonel responde a processo criminal na 3ª Vara Criminal de Várzea Grande por extorsão mediante sequestro, " demonstrando que possui inclinação à prática delitiva e que sua liberdade coloca em risco a ordem pública".
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