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JUSTIÇA Domingo, 16 de Julho de 2023, 17:00 - A | A

16 de Julho de 2023, 17h:00 - A | A

JUSTIÇA / ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Moradoras de MT presas em Brasília queriam impedir crianças de serem “escravas sexuais” e “salvar igrejas”

Midiajur teve acesso aos depoimentos de Maria do Carmo, Simone e Rosely dados à PCDF

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação



Moradoras de Mato Grosso presas no 8 de janeiro afirmaram, ao serem detidas, que queriam "salvar o Brasil" e impedir mulheres e crianças de se tornarem escravas sexuais. Além disso, uma das alegações para a manifestação seria para "salvar as igrejas" do país.

As razões apresentadas pelas mulheres detidas na tentativa de golpe constam dos depoimentos que foram colhidos entre 8 e 9 de janeiro pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), logo após os atos antidemocráticos em que houve destruição das sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediam intervenção militar contra o então recém empossado presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Documentos enviados pela PCDF à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, instalada no Congresso, mostram os depoimentos das moradoras de Mato Grosso.

Leia mais:

Cinco empresários de MT podem ser convocados para a CPI do 8 de janeiro

O Midiajur teve acesso às oitivas de Maria do Carmo da Silva, moradora de Tangará da Serra (MT), Simone Aparecida Tosato Dias, moradora de Cuiabá, e Rosely Pereira Monteiro, moradora de Colíder.

No último dia 13 de julho, o ministro Alenxadre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o início da fase de instrução das ações penais às quais as Simone e Rosely respondem pela participação no quebra-quebra. O ministro já havia feito o mesmo em relação a Maria do Carmo, em 29 de junho.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa as três mulheres e outras centenas de pessoas pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direitoo, golpe de estado e dano qualificado, além do crime de deterioração de patrimônio tombado pela União.

Salvar o Brasil

Maria do Carmo foi detida em 8 de janeiro em Brasília e não soube informar à polícia se estava no STF ou outro órgão público, mas disse que era um "que tem uma rampa e que é o mesmo que estavam as outras mulheres que foram detidas com ela".

Ela alegou ter entrado no prédio porque um caminhão soltou "fumaça que fazia arder os olhos". A moradora de Tangará relatou que entrou rezando e lendo a bíblia, e que se ajoelhou para rezar logo antes de ser detida.

A professora de 60 anos foi questionada pelos policiais sobre o motivo da manifestação.

"Diz que não aceita que aplique ideologia de gênero nas escolas, é contra a liberação das drogas, contra o aborto, contra pautas que, pelo que sabe, são defendidas pelo atual governo de esquerda", relatam os policiais no documento.

De acordo com o depoimento, a professora afirmou "que a ação tinha a intenção de salvar o Brasil".

Escravas sexuais

Rosely Monteiro é moradora Gleba Cacique, na Comunidade Santo Antonio, em Colíder e estava acampada em frente ao Quartal-General do Exército em Brasília desde 31 de dezembro de 2022 antes de ir participar do 8 de janeiro neste ano.

Ela, que não informou profissão à polícia, relatou ter levado apenas R$ 300,00 e que se alimentou no período no QG do Exército.

A moradora de Colíder foi detida dentro do Palácio do Planalto e, apesar de ter visto pessoas quebrando e danificando objetos dentro do prédio, negou ter ela própria cometido os delitos. Rosely ainda disse que pediu às pessoas para não quebrarem nada, "mas não a ouviram".

"Que veio para Brasília para protestar contra o novo governo, para tentar salvar o Brasil de um governo que quer acabar com a família, pela proteção das gerações futuras, pela manutenção das igrejas, para proteger seus filhos
e netos, para impedir as mulheres e crianças de se tornarem escravas sexuais", diz trecho do depoimento.

Orações em meio ao protesto

Simone Tosato Dias também foi detida no Palácio do Planalto, onde relato ter entrado porque "começaram a soltar bombas e ela correu em direção ao palácio e sentou lá dentro, junto com várias senhoras de idade, que depois disso começaram a rezar". Ela negou ter quebrado itens do local ou tentado depor o governo.

"Que não houve organização, que veio espontaneamente para Brasília", relata à polícia se referindo às restrições da pandemia. Ela não soube dizer quantos dias pretendia ficar em Brasília e disse que, antes de ir à capital federal, trabalhava como autônoma, "com publicidade", em Cuiabá.

 

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Maria lurdes 18/07/2023

Existe gente doida em todo lugar! Pensa num embrolho desses..que fiquem muitos anos na cadeia estas loucas.

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Mirts 18/07/2023

Essas mulheres são vitimas da desinformação difundida pelas fake news, pela indústria das armas, pelos políticos oportunistas, pela mídia fascista e preconceituosa e por falsos pastores, padres e outros líderes que se dizem religiosos. Tantas mentiras deram como resultado o caos! Quem paga pelas loucuras? O povo brasileiro! Deus, perdoai-os, eles e elas não sabem o que fazem!

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Benedito Romualdo F MACIEL 18/07/2023

BOA TARDE BOA NOITE BOM DIA !!! QUERO QUE LASQUE E QUE MOFE NA CADEIA

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Álvaro José Ormond 17/07/2023

Os covardes são sempre assim! Ferozes comobuma manada de Urso em bando, mas manso e sem defeitos como um cordeiro diante do tosquiador. Cadeia nessas vagabundos.

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4 comentários

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