DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com recurso no Tribunal de Justiça para que o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra volte a cumprir prisão em uma cadeia comum. Carlinhos, filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), está em prisão domiciliar para tratamento de saúde.
O Núcleo de Apoio para Recursos aos Tribunais Superiores (NARE) do MPE entrou com embargos de declaração para esclarecer alguns pontos do acórdão que autorizou o réu a cumprir prisão domiciliar. Ele foi preso em flagrante e denunciado pelo Ministério Público no final de janeiro deste ano por feminicídio contra Thays Machado e homicídio qualificado contra Willian Cesar Moreno. Os crimes foram cometidos em Cuiabá.
Segundo o MPE, o acórdão apresenta obscuridades e contradições que precisam ser sanados para que o caso possa ser encaminhado às instâncias superiores. A pretensão da instituição é que, após o reconhecimento dos vícios apontados, o Tribunal de Justiça aplique aos embargos efeitos infringentes para que ele próprio reveja sua decisão para que o acusado volte a cumprir a prisão preventiva no estabelecimento prisional onde estava recolhido.
O MPE afirma que não está claro, por exemplo, quais elementos subsidiaram a convicção de que as enfermidades preexistentes à prisão do réu são tão acentuadamente graves que exijam o tratamento sob regime domiciliar. Também quer saber quais são os fatores citados no acórdão, que impedem a continuidade do tratamento do réu na penitenciária onde ele se encontrava ou em outra unidade prisional equivalente mantida pelo Estado.
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A instituição defende que a Câmara Criminal reveja “a conclusão anteriormente adotada, considerando, que está demonstrado no habeas corpus que o paciente não apresenta quadro clínico que implique em risco de morte ou que remanesça incompatibilidade do tratamento com o regime de segregação cautelar”.
Foram apontadas ainda contradições de ordem técnica relacionadas aos requisitos utilizados para manutenção da prisão preventiva e da substituição pela prisão domiciliar. “É fundamental que se equalize a contradição interna apontada. Os esclarecimentos são essenciais tanto para fins de prequestionamento da matéria para recurso especial, como também para que o embargante possa se prevenir sobre eventual futura alegação do abatimento da pena pelo seu cumprimento no respectivo período em que o paciente for mantido no regime atípico aplicado pela decisão embargada”, afirmou o MPE.
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Célia Regina Silva Paixão 28/11/2023
Engraçado né? Na cadeia tem preso diabético e hipertenso por crime menor que o dele, e tá lá tratado .Na cadeia tem médico , enfermagem, insulina e medicamentos para hipertensão. Tem também psicólogo, dentista, assistente social.
1 comentários