MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos usou as redes sociais para criticar a decisão do Tribunal de Justiça que deu liberdade à adolescente B.O.C. na quarta-feira (8). Patrícia é mãe de Isabele Guimarães Ramos, morta por B.O.C. com um tiro no rosto em julho de 2020.
A menor B.O.C. ficou internada no Complexo do Pomeri entre janeiro de 2021 e junho de 2022 após ser setenciada por infração análoga ao crime de homicídio doloso. Sob relatoria do desembargador Juvenal Pereira da Silva, por maioria, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça desclassificou o dolo e entendeu que B.O.C. matou a amiga de maneira "culposa", sem intenção de matar.
"Estou indignada, surpresa, aflita… minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples mas uma arma que teve quer ser municiada, alimentada e carregada e a atiradora era perita nisso… foi morta sem qualquer chance de defesa!!! Desqualificar esse Crime de doloso para culposo é Inconcebível!! Não vou me calar diante de tamanho ABSURDO!!", disse Patrícia nas redes sociais.
Leia mais:
TJ dá liberdade a atiradora que matou Isabele
A defesa de B.O.C. buscava desde o início do processo provar que a adolescente, praticante de tiro esportivo, não sabia que a arma estava carregada nem tinha intenção de ferir Isabele.
De acordo com as investigações, outro adolescente amigo da família Cestari levou um case com duas pistolas para a casa deles no condomínio Alphaville. O pai de B.O.C., o empresário Marcelo Cestari, entregou o case à filha para que fosse guardado em um dos quartos do andar superior da casa.
No meio do caminho, B.O.C. foi a outro quarto, deixou o case em cima de um móvel e retirou uma Imbel .380. A adolescente entrou no banheiro onde Isabele estava e, de acordo com a perícia, levantou a arma na altura da cabeça da amiga e disparou a curta distância, sem chance de defesa.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.