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JUSTIÇA Sexta-feira, 25 de Outubro de 2013, 16:14 - A | A

25 de Outubro de 2013, 16h:14 - A | A

JUSTIÇA / HOMICÍDIOS

Ex-bicheiro deve ser julgado por mais 7 homicídios

Morte de Sávio Brandão foi o primeiro de oito crimes de homicídio que são atribuídos a Arcanjo

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que foi condenado nesta quinta-feira (24) como mandate da morte do empresário Sávio Brandão, responde na Justiça pela morte de mais seis pessoas e a uma tentativa de homicídio.

Em processo que tramita em Várzea Grande, ele é acusado de triplo assassinato. Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes teriam sido mortos, no dia 15 de maior de 2001, por volta da 21h, porque furtaram R$ 500,00  de um recolhedor de apostas de jogo do bicho. O crime teria sido encomendado por Arcanjo.

Também pesa sobre os ombros do ex-bicheiro a acusação de ter mandado assassinar Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy. Os dois foram mortos em uma oficina mecânica em Cuiabá. A única vítima que sobreviveu foi Gisleno Fernandes. Com relação a Gisleno, Arcanjo responde por tentativa de homicídio.

O motivo dos crimes seria que as vítimas teriam afrontado os interesses da organização criminosa, da qual Arcanjo é acusado de pertencer, ao se associarem a um grupo do Rio de Janeiro e implantarem caça-níqueis em Mato Grosso. Os crimes ocorreram em junho de 2002.

Arcanjo também é acusado pelo assassinato do empresário Mauro Sérgio Manhoso, em outubro de 2000. O empresário foi executado com nove tiros de pistola, na avenida Barão de Melgaço, em Cuiabá.

Na denúncia, o Ministério Público aponta que o empresário foi morto, porque pretendia instaura no Estado uma loteria do tipo “raspadinha”, o que ia de encontro aos negócios do ex-bicheiro.

Morte de ex-vereador

João Arcanjo também teria sido o mandante do homicídio praticado contra o ex-vereador de Várzea Grande, Valdir Pereira.

O homicídio ocorreu no dia 7 de agosto de 2002. Na denúncia do Ministério Público, o crime teria sido praticado por Célio Alves, Hércules Agostinho e José de Barros, agenciados por João Leite, a mando de João Arcanjo.

A vítima morreu na porta da casa em que morava, após ser abordada pelos acusados. Valdir Pereira recebeu diversos disparos de espingarda calibre 12.

O motivo do crime, conforme o MPE seria a disputa por pontos de exploração de jogos de azar.

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