GILSON NASSER
DO FOLHAMAX
A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, declinou da competência para analisar o pedido de revogação de prisão impetrado pelo empresário Alan Malouf na última sexta-feira.
Ela remeteu o pedido para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Alan Malouf está preso desde a última quarta-feira, quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) deflagrou a “Operação Grão Vizir”.
A defesa dele, ao pedir a revogação da prisão, ofereceu bens que podem ser usados para ressarcir o erário público caso as fraudes sejam comprovadas.
No entanto, a magistrada detectou que, em depoimento aos promotores e delegados do Gaeco, o empresário citou autoridades com prerrogativa de foro. Diante disso, ela encaminhou o caso para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
As autoridades citadas pelo empresário em depoimento são o governador Pedro Taques (PSDB), o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) e ainda o deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
O dono do Buffet Leila Malouf contou sobre a operação de um “caixa 2” na campanha do governador em 2014, bem como se deu o esquema e eventuais beneficiários.
Encaminhado ao Tribunal de Justiça, o habeas corpus seria encaminhado ao desembargador Rondon Bassil Dower Filho, relator da “Operação Rêmora” em segunda instância. No entanto, com início do recesso forense a partir desta sexta-feira, ele será analisado por um plantonista.
Hoje, estão de plantão no poder judiciário os desembargadores Maria Helena Póvoas, Rubens de Oliveira e Márcio Vidal.
Alan Malouf foi denunciado nesta segunda-feira como um dos líderes da organização criminosa criada para fraudar licitações e cobrar propina de empresários que executavam obras na Secretaria de Educação. De acordo com o empresário Giovani Guizardi, ele montou o esquema com objetivo de recuperar cerca de R$ 10 milhões “investidos” na campanha do governador Pedro Taques (PSDB) em 2014.
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