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JUSTIÇA Quarta-feira, 27 de Julho de 2022, 11:59 - A | A

27 de Julho de 2022, 11h:59 - A | A

JUSTIÇA / MORTE NO ALPHAVILLE

Alunos montam abaixo-assinado contra retorno de menor condenada por morte de Isabele

Estudantes são contra retorno e citam impactos para saúde mental da comunidade escolar

ALLAN PEREIRA
Da Redação



Alunos de um colégio particular da Capital montaram um abaixo-assinado contra o retorno da menor B.O.C., sentenciada por causar a morte da estudante Isabele Guimarães com um disparo de arma, nesta terça-feira (26).

Os estudantes e colegas de Isabele chegaram a protestar na unidade escolar e fizeram cartazes com mensagens do tipo "lugar de assassina é na cadeia, não na escola" e "não foi acidente; foi homicídio doloso".

Leia mais:

"Vai ser passado uma borracha?", questiona mãe de Isabele sobre soltura de atiradora

Criminosos assassinam rival aos gritos de "aqui é PCC"

De acordo com a página do abaixo-assinado na internet, a menor B.O.C. estuda com várias pessoas que eram amigas de Isabele.

"Pela segurança e pela saúde mental de todos aqueles que estudam no [...], peço para que assinem esse abaixo-assinado para provarmos que não é seguro estar no mesmo ambiente que ela", diz.

Os estudantes também utilizaram o twitter, tentaram o subir a hashtag #justiçaporbele para os trendings topics (assuntos mais comentados da rede social) e escreveram que "nenhum aluno merece ter que conviver no mesmo ambiente que uma assassina".

A menor B.O.C. foi solta em recurso concedido pela  3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que acatou uma apelação da defesa, além de modificar o entendimento da infração análoga a crime de doloso (quando há intenção ou se assume a possibilidade de morte) para culposo (quando não há intenção).

O Ministério Público já protocolou um recurso, do tipo embargos de declaração, em uma tentativa de reverter a decisão de soltura.

B.O.C. ficou pouco mais de um ano e meio no Lar Menina Moça, no Complexo Pomeri, até ser beneficiada com a soltura.

A sentença era de internação por até três anos, com reavaliação a cada seis meses, e vinha sendo mantida.

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