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GERAL Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 10:40 - A | A

05 de Junho de 2024, 10h:40 - A | A

GERAL / OPERAÇÃO RAGNATELA

Saiba quem são DJ e dono de bar suspeitos de lavarem dinheiro do CV

Grupo realizava eventos e shows nacionais com recursos da facção criminosa e dividia lucros

CECÍLIA NOBRE E VICTOR REAL
Da Redação



Durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (5) a Polícia Federal afirmou que os alvos da Operação Ragnatela, DJ Everton Detona e William Aparecido Costa, conhecido como “Gordão”, dono do Dallas Bar, são suspeitos de realizarem lavagem de dinheiro para a facção criminosa Comando Vermelho (CV), utilizando o capital para realização de shows em Cuiabá. 

De acordo com o delegado da PF, Antônio Flávio, o grupo criminoso é composto por promotores de eventos e agentes públicos, a exemplo do vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (PV), que teve o carro, um Jeep Compass, apreendido durante a operação. 

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 DJ Everton Detona é um dos alvos da Operação Ragnatela

“Esse grupo adquiriu algumas casas noturnas e passou a realizar shows aqui com o dinheiro do Comando Vermelho. Eles contavam com o apoio de integrantes que participavam do custeio da realização desses shows e dividiram o lucro proporcionalmente”, afirmou Antônio Flávio.

Leia mais:

Veja os carrões apreendidos com faccionados e "promoters"

Vereador de Cuiabá é investigado por ser interlocutor de facção para liberação de shows

O delegado disse ainda que o grupo criminoso utilizava de influência de agentes públicos para conseguirem a flexibilização de licenças e alvarás para a realização dos shows e que dentro de uma das Secretarias Municipais de Cuiabá haviam pessoas ligadas à organização que facilitavam a emissão dos documentos.

“Nós identificamos que tem um agente público, inclusive um parlamentar, que tem uma relação muito próxima com esses investigados, inclusive com troca de favores e recebimento de vantagens financeiras de forma indireta”, apontou Antônio. 

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram ainda um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade

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