LETICIA AVALOS
Da Redação
O psicólogo Douglas Luiz Rocha de Amorim, que foi agredido por um desconhecido na boate Nuun Garden, em Cuiabá, e alegou ter sido vítima de homofobia, dá depoimento à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (16). Ele foi atingido por um golpe, teve o supercílio cortado e desmaiou durante um evento na madrugada de domingo (12).
O caso ganhou repercussão após Douglas expor o acontecido em suas redes sociais e acusar a administração da boate de negligência. O vídeo no Instagram recebeu inúmeros comentários, inclusive de lideranças políticas, pedindo justiça.
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado, as imagens de segurança do interior da boate já foram cedidas pelo estabelecimento e, em breve, o suspeito e as testemunhas também serão ouvidos.
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Veja a nota:
A Polícia Civil informa que as investigações para apurar a ocorrência de lesão corporal praticada contra um psicólogo, no interior de uma boate em Cuiabá, estão em andamento na 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá.
A vítima, que já passou por exame de corpo de delito, é ouvida na manhã desta quinta-feira (16) na unidade policial. A Polícia Civil também já está com as imagens do interior da boate, que foram cedidas de forma voluntária pelo próprio estabelecimento.
No decorrer dos próximos dias será realizada a análise das imagens e o interrogatório do suspeito da agressão. Também ouvidas testemunhas que estavam no local no momento dos fatos.
As investigações estão em andamento e no momento não serão passados mais detalhes para não atrapalhar o andamento da apuração.
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O caso
No boletim de ocorrência, a vítima relatou que estava com o marido em um camarote e eram constantemente encarados pelo suspeito. Em determinado momento foi ao banheiro e, enquanto usava o mictório, o agressor também entrou no local provocando com dizeres como: “o que está olhando?”. Impaciente com a situação, Douglas xingou o homem, acusando-o de ser homofóbico, e logo saiu do banheiro.
Ao final do evento, a vítima foi novamente ao banheiro, mas dessa vez acompanhada do marido. No entanto, o companheiro utilizou o box com privada ao invés do mictório e manteve a porta semiaberta. Nesse momento, Douglas contou que sentiu uma mão tocar as suas costas e outra a parte de trás da sua cabeça e, em seguida, desmaiou.
O marido da vítima afirmou que ouviu alguém dizer a frase: “vou ensinar esse veado a respeitar homem” e, quando saiu, encontrou Douglas desmaiado e sangrando.
Ele foi socorrido por um bombeiro da boate, mas foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Verdão pelo companheiro e amigos. Após recuperar a consciência, a vítima recebeu pontos no rosto e descobriu uma lesão no tornozelo, causada pela queda.
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Enquanto aguardavam o atendimento, o casal recebeu um áudio de um amigo que também estava na boate relatando que ouviu o suspeito acusar a vítima de assédio sexual.
Conforme o relato de Douglas, durante todo o evento o suspeito interagiu com os seguranças do local, dando a entender que se tratava de um cliente conhecido. E após a agressão, o esposo da vítima declarou que os mesmos seguranças não se mobilizaram para socorrê-la ou impediram a saída do suspeito.
A Nuun Garden se posicionou por meio de nota e lamentou o ocorrido e afirmou que a empresa estava tomando as medidas cabíveis.
O suspeitoYuri Matheus de Siqueira Matos, de 28 anos, foi apontado como o possível agressor do psicólogo por uma denúncia anônima feita por meio do Instagram da vítima. À imprensa, o suspeito confirmou a agressão, mas alegou que foi assediado por Douglas e agiu sob “violenta emoção” no intuito de se defender.
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