CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Em nota, divulgada na tarde desta segunda-feira (11), a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) alegou que os policiais militares presentes no cumprimento da reintegração de posse, na região do Contorno Leste conhecida como Brasil 21, foram atacados pelos moradores, que se manifestaram contra a desocupação. Essa teria sido a razão do uso da força força policial, com tiros de bala de borracha.
De acordo com a Sesp, os policiais foram enfrentados pelos moradores com paus, pedras e fogos de artifício, fazendo com que os militares revidassem com o uso de armas não letais como balas de borracha e spray de gás de pimenta.
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) teria sido atingido por um tiro de bala de borracha durante a repressão policial. Wilson e Valdir Barranco (PT) estavam na área tentando um acordo com o tenente-coronel da PM responsável pela desocupação.
Leia mais:
Deputado é atingido por bala de borracha durante reintegração de posse
PM atira com balas de borracha durante desocupação de área invadida em Cuiabá
Havia um entendimento de suspender a ação policial até as 14h desta segunda-feira, mas os militares seguiram com a operação e atiraram com balas de borracha e spray pimenta contra quem tentasse resistir.
A reintegração de posse acontece conforme decisão judicial da 2ª Vara Especializada em Direito Agrário de Cuiabá, assinada no dia 27 de fevereiro deste ano, pela juíza Adriana Sant’Anna Coningham, que autorizou a desocupação para esta segunda-feira (11).
Moradores da ocupação relataram que na noite de domingo (10) policiais militares estiveram no Brasil 21 “coagindo e colocando medo” e ficando no local das 19 horas às 23 horas, retornando na manhã de hoje.
Veja a nota da Sesp na íntegra:
DESOCUPAÇÃO
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informa que, nesta segunda-feira (11.03), as forças de segurança atuam em apoio ao cumprimento da ordem judicial, que determina a desocupação e reintegração de posse de uma área na região do Contorno Norte, em Cuiabá.
Informa ainda que, em função do enfrentamento por parte dos invasores, com ataque aos policiais com paus, pedras e fogos de artifício, foi necessário o emprego de técnicas de controle de distúrbio por meio de armas não letais.
A ordem judicial segue sendo cumprida, com o oficial de justiça, designado pelo judiciário, e equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, entre outras, acompanhando os invasores na retirada de seus pertences.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.