CECÍLIA NOBRE
Da Redação
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de Mato Grosso aguarda respostas da Polícia Militar de São Paulo sobre fuzis furtados de um batalhão em Santos. As armas foram usadas por bandidos na modalidade "novo cangaço" durante o assalto a transportadora de valores em Confresa, em abril deste ano.
A apreensão das armas mostrou que os equipamentos tinham brasão da polícia paulista. As armas, segundo o GCCO, foram furtadas em 2021 na cidade santista e até hoje não há respostas sobre os suspeitos. Nesta segunda-feira (9) o titular da GCCO, Gustavo Belão, afirmou que acompanha a investigação da polícia, mas até o momento o caso ainda não foi solucionado.
As armas da PMSP utilizadas pelos suspeitos eram dois fuzis, da marca belga Scar, calibre 7,62 que foram identificadas por meio das numerações. Segundo o delegado, existe uma investigação em São Paulo sobre o roubo dessas armas, mas não há informações sobre o andamento do Inquérito Policial Militar (IPM).
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“Existe a investigação por lá, nós estamos apoiando, mas eles ainda não nos responderam em qual etapa está essa investigação e quem é o autor que subtraiu os armamentos do batalhão de São Paulo” disse Gustavo.
A polícia também afirmou que alguns dos criminosos que participaram do roubo pertenciam ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criada em presídios de São Paulo.
Gustavo disse ainda que outras armas utilizadas no "novo cangaço" eram de origem estrangeira, do Paraguai, ou foram furtadas/roubadas e tinham a numeração raspada, impossibilitanto a identificação de origem.
O roubo das armas em Santos
O crime ocorreu em 28 de novembro de 2021 e o sumiço do armamento só foi notado às 14h30, quando policiais militares assumiram o posto para cumprir escala de trabalho. Era véspera de feriado prolongado de Finados.
Os bandidos levaram, durante a madrugada, seis fuzis da base militar dentre eles, dois da marca belga Scar, calibre 7,62. As armas e as balas estavam na sala de reserva das armas. Os policiais encontraram no local uma escada de alumínio dobrável na parte externa da base militar, em um matagal.
Foram levados dois fuzis calibre 5,56 da marca Imbel, dois de calibre 7,62, da Scar, e dois também de calibre 7,62 da FAL. Os criminosos também furtaram 200 munições.
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