ALLAN PEREIRA
Da Redação
O trabalhador em serviços gerais Rafael Silva de Oliveira, réu por homicídio triplamente qualificado, desferiu cerca de 70 facadas e um golpe de machado no colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos.
A informação consta em resultado do laudo de necropsia feito no corpo de Benedito, morto aos 42 anos, sendo confirmado pelo MidiaJur junto ao delegado Victor Donizete.
O resultado da perícia, que ficou pronto neste final de semana, dá um tom mais pesado para o crime praticado por Rafael, já que a informação inicial da polícia era de que até 15 facadas tinham sido desferidas na vítima.
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Rafael matou Benedito durante uma discussão sobre política, em uma área rural de Confresa, na noite de 7 de Setembro.
O réu defende o presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto a vítima era eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O inquérito, que indiciou Rafael por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima), foi enviado para a Justiça no dia 16 de setembro.
Quatro dias depois, no dia 20 de setembro, Rafael foi denunciado pela pela 1ª Promotoria de Justiça de Porto Alegre do Norte.
De acordo com a denúncia, no dia 7, por volta das 18 horas, na propriedade chamada “Sítio Cabeceira”, localizado no município de Confresa, Rafael Silva de Oliveira, “agindo com desejo assassino matou Benedito Cardoso dos Santos por motivo fútil (consistente em uma discussão banal envolvendo preferências políticas), com emprego de meio cruel (causando maior sofrimento ao ofendido com uma brutalidade exacerbada usando faca e um machado) e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (já que a vítima foi atingida pelas costas e, quando já estava caída ao solo sem poder oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes)”.
O MP também solicitou ao juízo a instauração do incidente de insanidade mental, já que existem elementos que indicam dúvida sobre eventual integridade mental do acusado à época do crime e ao momento atual.
Dois dias depois, o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte, aceitou a denúncia e determinou que seja avaliada a sanidade mental.
Conforme publicado pelo MidiaJur, o réu tem um quadro de esquizofrenia e chegou até um pedido de internação psiquiátrica negado pela 1º Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, em março deste ano (cinco meses antes do homicídio).
Se comprovado o laudo de insanidade mental, Rafael pode ter a absolvição decretada por ser considerado inimputável (aquele que não que pode ser condenado), mas pode receber indicação para ser internado em hospital psiquiátrico. A decisão depende do magistrado.
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