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GERAL Sexta-feira, 21 de Outubro de 2022, 17:01 - A | A

21 de Outubro de 2022, 17h:01 - A | A

GERAL / MILÍCIA NO CAMPO

Militares do RJ estavam com R$ 60 mil e delegado pede acesso a celulares

O grupo foi preso sob suspeita de extorquir fazendeiros com uso de ameaças

MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR



O grupo de militares cariocas presos sob suspeita de extorsão a fazendeiros em Nova Monte Verde e Apiacás estava com mais de R$ 60 mil quando foram presos na quinta-feira (20). O delegado Marcus Vinicius Ferreira da Silva pediu acesso às conversas de um celular do suspeitos para avançar nas investigações.

Foram presos Andre Luis Alves Pascoal e Carlos de Oliveira Eduardo, ambos sargentos da reserva da PM do Rio de Janeiro, Roberto de Souza Pereira, sargento da reserva do Exército Brasileiro, e o comerciante Adilson do Nascimento Freitas. Edilson Venancio Moraes da Silva, que teria contratado os demais envolvidos, também foi preso.

O grupo teria tentado extorquir R$ 5 milhões dos donos de pelo menos três fazendas, que foram feitos de refém durante a ação criminosa.

Leia mais:

Militares do Rio de Janeiro são presos por extorquir R$ 5 milhões de fazendeiros em Mato Grosso

A Polícia Civil apreendeu diversas pistolas, revólveres, réplica de fuzil e munição em posse dos militares da reserva. Outros itens como uma sirene laranja, coldres, chapéus camuflados, rádios comunicadores, balaclava camuflada, além de roupas camufladas no estilo de fardamento militar com coturnos também foram apreendidos.

O grupo tinha 62,9 mil em sua posse, divididos em cheques e uma pequena quantidade em espécie.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos iam até as fazendas, faziam os proprietários de reféns, e em seguida cobravam até R$ 5 milhões para liberar as vítimas.

Duas caminhonetes que eram utilizadas pelos suspeitos para se locomover entre as fazendas também foram apreendidas pela polícia.

Para o delegado, um dos celulares possivelmente tem provas deste e outros delitos na região. Marcus Vinicius Ferreira da Silva afirmou que é imprescindível autorização judicial para acessar e extrair todo o conteúdo, como mensagens, áudios, vídeos, imagens e outros que possam comprovar a atividade criminosa.

O pedido à Justiça para autorização de acesso serve, conforme argumenta o delegado, para evitar eventuais nulidades posteriormente.

Marcus Vinicius da Silva pontua que os suspeitos certamente mantiveram contato por telefone e mensagens, já que essas ferraentas são muito utilizadas pelos criminosos.

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